Alvo de investigação sobre candidaturas laranjas no estado de Minas Gerais, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), vai se licenciar do cargo por uma semana, sem remuneração, para “tratar de assuntos particulares”. A informação foi confirmada em nota divulgada pela própria pasta. Álvaro Antônio volta aos trabalhos no próximo dia 29. É o segundo ministro que pede licença não-remunerada neste mês do governo de Jair Bolsonaro (PSL). No último dia 8, Sergio Moro, responsável pela pasta da Justiça e Segurança Pública, também pediu afastamento por questões particulares. Moro, cuja assessoria esclareceu à época que a licença era não remunerada e tinha como objetivo uma viagem com a família, deve voltar ao cargo de ministro no próximo dia 22.
Ambos, contudo, estão em posições delicadas no Executivo. O primeiro está envolvido em uma investigação sobre candidaturas laranjas em MG financiadas com dinheiro público, como revelado pela Folha de S. Paulo. Durante a eleição de 2018, ele era o presidente do diretório mineiro do PSL. Coube a Antônio escolher os candidatos que disputariam o pleito e, consequentemente, os valores destinados a partir do Fundo Partidário. No último dia 27, o assessor especial do ministro, Mateus Von Rondon, chegou a ser preso pela PF (Polícia Federal) – ele foi solto cinco dias depois. Rondon seria o principal elo entre o ministro e o esquema de candidaturas laranjas.
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