Neste ano, a celebração pelo Dois de Julho tem como foco a participação popular com a temática “Patrimônio do Povo”. A festividade é organizada pela Prefeitura, através da Fundação Gregório de Mattos (FGM). Com início às 6h, a programação do desfile da Independência será aberto com uma alvorada de fogos no Largo da Lapinha, seguido do cortejo cívico, que terá a presença do prefeito ACM Neto. O vice-governador da Bahia, João Leão (PP), irá representar o chefe do Executivo estadual nos festejos após viagem de Rui Costa à Espanha para captar investimentos.
A programação contempla ainda o hasteamento de bandeiras realizado por representantes da sociedade civil, autoridades municipais, estaduais e das Forças Armadas, acendimento da Pira do Fogo Simbólico e encontro de filarmônicas.
Há precisamente 196 anos, a união dos cidadãos baianos resultou na libertação do estado do domínio da Coroa Portuguesa, culminando de vez com a Independência do Brasil. De acordo com o historiador Francisco Senna, a presença do público nas ruas do cortejo cívico para se manifestar e reverenciar a história travada por batalhas acirradas é motivada pela essência das batalhas: a importância da união popular no processo de luta até a libertação do estado das tropas portuguesas e a permanência do sentimento de missão cumprida pelos baianos.
“O cortejo, essa manifestação de alegria e espontaneidade nunca foi organizada por militares, sempre foi organizada por uma comissão civil. Diferente do 7 de Setembro, o Dois de Julho tem outro foco, com o povo desfilando, se manifestando e vibrando. É uma organização desorganizada, pois não tem cordas, todos participam. É a festa mais bonita da Bahia tanto pela participação popular quanto pelo simbolismo”, detalhou o professor.