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52% DOS BRASILEIROS NÃO RECORRERAM A CRÉDITO EM ABRIL

Redação - 26/06/2019 11:46

Dados do Indicador de Uso do Crédito, apurado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgados hoje (26), mostram que a maioria (52%) dos brasileiros não utilizou nenhuma modalidade de crédito no mês de abril, como empréstimos, linhas de financiamento, crediários ou cartões de crédito. Outros 48%, porém, mencionaram ter recorrido, ao menos, a uma modalidade no período. O cartão de crédito (42%) e o crediário (13%) foram as modalidades mais usadas no último mês. Já o cheque especial foi citado por 9% da amostra. Há ainda 7% de consumidores que buscaram empréstimos e 3% entraram em financiamentos.

No caso do cartão de crédito, 21% dos seus usuários não conseguiram pagar integralmente a fatura em abril e entraram no chamado ‘rotativo’, que cobra um dos juros mais caros do mercado. Os que honraram os compromissos em dia somam 77% dos entrevistados. O valor médio da fatura em abril de 2019 foi de R$ 763,84, tendo a maioria dos consumidores mantido um valor aproximado que nos meses anteriores (39%).

O levantamento mostra ainda que as despesas correntes do dia a dia foram as mais realizadas via cartão de crédito: 72% dos entrevistados citaram as compras de supermercado e 47% a aquisição de remédios. Em terceiro lugar aparecem a compra de combustíveis (43%), seguida de roupas e calçados (36%) e de ida a bares e restaurantes (33%). Há ainda 25% de pessoas que usaram o cartão de crédito para contratar serviços de streaming de música, vídeos e assinatura de jornais e revistas.

Para o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, a popularização dos cartões faz com que compras simples e de baixo valor já sejam feitas com essa modalidade, mas ao mesmo isso exige cuidados para que o crédito não funcione  como complemento da renda. “A falta de disciplina no controle do orçamento acaba provocando uma desorganização tamanha que, em muitos casos, o consumidor precisa recorrer a renegociações que levam muitos meses para quitar, comprometendo parte do orçamento por um bom tempo”, alerta Vignoli.

 

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