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EX-EXECUTIVO DA OAS E MARQUETEIRO DO PT TEM OS BENS BLOQUEADOS NO CASO DA TORRE PITUBA, NO ITAIGARA

Redação - 25/06/2019 09:23

O ex-presidente da OAS, Elmar Varjão, e o ex-marqueteiro do PT, Valdemir Garreta,  além  de ex-dirigentes do fundo de pensão Petros, tiveram os bens bloqueados em R$ 150 milhões por causa da ação penal que trata do caso do imóvel conhecido como Torre Pituba / Prédio Itaigara, em tramitação na 13ª Vara Federal de Curitiba. O prédio pertencia à Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras e no seu despacho o juiz  Luiz Antonio Bonat,  que é o novo titular daLava-Jato em Curitiba, afirma:

“Segundo a denúncia, em todo o procedimento de contratação da Torre Pituba houve direcionamentos e superfaturamentos que possibilitaram o pagamento de vantagens indevidas para agentes públicos da Petrobras, dirigentes da Petros e do Partido dos Trabalhadores – PT, além de terceiros com eles conluiados que se enriqueceram ilicitamente, em detrimento da Petrobras e da própria Petros, que é mantida também com recursos da estatal patrocinadora”, apontou o juiz.

O principal nome da OAS que teve os bens bloqueados foi Elmar Varjão, ex-presidente da empreiteira, no valor de R$ 156 milhões. Além dele, Washington dos Santos Cavalcante, ex-gerente da empreiteira em Salvador, com bloqueio de R$ 151,5 milhões e  ex-marqueteiro do PT Valdemir Garreta também teve R$ 156 milhões bloqueados. Para o juiz, Garreta recebeu “vantagens indevidas pagas pela Odebrecht Realizações Imobiliárias em razão do empreendimento Pituba”

Bonat, porém, negou o pedido da força-tarefa da Lava-Jato para bloquear os bens do dono da OAS César Mata Pires Filho, sob o argumento de “evitar eventual excesso”, já que a Lava-Jato já havia apreendido diversos bens de luxo dele, como cinco relógios Rolex e dois veículos Porsche Cayenne, e ele já pagou R$ 29 milhões de fiança para ser solto.

A ação penal ainda está em tramitação, atualmente na fase de audiências. Nesta terça, deve ser ouvido o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, que assinou delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, ainda não homologada pelo Supremo Tribunal Federal.

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