O presidente Jair Bolsonaro reconheceu ontem que seu governo enfrenta problemas na articulação política. Ele atribuiu as dificuldades à “inexperiência” e admitiu que teve de adotar o modelo que era usado no Palácio do Planalto de Michel Temer. Ele tirou a articulação política da Casa Civil, chefiada por Onyx Lorenzoni (DEM). “Quando montamos aqui, no primeiro momento, por inexperiência nossa, tivemos algumas mudanças nas funções de cada um que não deram certo”, disse o presidente em entrevista. “Em grande parte, retornamos ao que era feito em governo anterior.”
Bolsonaro se referia ao arranjo vigente até 2018, onde a Secretaria de Governo cuidava simultaneamente da articulação política e da liberação de emendas aos parlamentares. No governo Temer, o posto foi ocupado por Geddel Vieira Lima (MDB-BA), que hoje está preso, por Antônio Imbassahy (PSDB-BA) e por Carlos Marun (MDB-MS). Agora, a Secretaria de Governo será comandada pelo general da ativa Luiz Eduardo Ramos, recém-nomeado por Bolsonaro para o cargo.