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“MORO PERDEU A CONDIÇÃO DE SER MINISTRO DA JUSTIÇA”, DIZ VALMIR SOBRE VAZAMENTOS

admin - 18/06/2019 10:22 - Atualizado 18/06/2019

Diálogos com procuradores com dicas para ajudar na formação da opinião pública e no processo, uso do nome de Marisa Letícia para atacar o ex-presidente Lula, mentiras sobre hackers, declarações falsas e falsificações de documentos para atacar jornalista que divulgou as conversas vazadas. Esses foram alguns dos assuntos abordados pelo deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), nesta segunda-feira (17), sobre as novas conversas divulgadas pelo site The Intercept Brasil entre o então juiz Sérgio Moro e procuradores da Operação Lava Jato para fortalecer o processo que culminou na condenação e prisão de Lula. “Moro chegou ao limite, perdeu a condição de exercer a função de ministro da Justiça e virou alvo de sérias denúncias, inclusive perdeu a ‘máscara’ da imparcialidade”, diz Valmir.

Para o deputado petista, os vazamentos reforçam apenas o que todos já sabiam. “São diálogos que comprovam o esquema para incriminar o presidente Lula. É uma decepção observar agentes públicos federais atuarem para humilhar e até usar a morte da esposa do réu para criar factoide na mídia. Todos nós já sabíamos disso, e sabemos também que Lula é inocente. Vergonha é a palavra que melhor cabe neste caso”, salienta Valmir. Sobre as respostas que o governo Bolsonaro vem trabalhando para preservar a imagem e a conduta do agora ministro da Justiça, o parlamentar petista declara que “não há dúvidas que Moro agiu em benefício próprio”. Assunção aponta que os vazamentos são de utilidade pública. “Tem muita gente decepcionada”, completa.

De acordo com Valmir, a questão é tão séria que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve se manifestar sobre o caso, assim como o Congresso Nacional, já que Moro será ouvido pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira (19). “Espero que a sabatina não seja recheada de fake news. É o que está acontecendo agora com as denúncias. Tudo que é referente ao caso é tratado como fake ou desonrando a atuação do jornalista Glenn Greenwald e até atacando sua família. Inventaram documento para criar uma farsa e acusar o diretor do site de ter contratado hacker russo para obter dados de Moro e Dallagnol. Mas o trabalho foi tão mal feito, que foi descaracterizado rapidamente”.

 

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