A Província Mineral do Vale do Paramirim, formada por oito distritos mineiros, e com cerca de 2 bilhões de toneladas de minérios diversos como Ferro, Zinco, Cobre, Grafeno, Terras Raras e Fosfato, pode transformar a Bahia em uma potência exportadora internacional. A descoberta vem sendo tratada pelos profissionais da área como uma das maiores descobertas do século XXI. O projeto, da Companhia Vale do Paramirim, agrega mais de 32 municípios baianos e foi apresentado nesta segunda (10) na Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), órgão ligado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).
De olho na oportunidade de negócios, a SDE quer atrair investidores para o projeto. “Além de ser um excelente gerador de empregos e renda, a mineração é uma porta para a interiorização do desenvolvimento”, afirma João Leão, vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico. “A Bahia vai ter uma nova era de desenvolvimento, como ocorreu no passado com o Polo Petroquímico de Camaçari. Desta vez, com projetos como a ponte Salvador-Itaparica, a Fiol e esses novos projetos de mineração capitaneados pela CBPM”, projeta Leão.
No Brasil, a Bahia é o quarto produtor mineral, atrás apenas de Minas Gerais, Pará e Goiás. O estado está em primeiro lugar na produção de bens minerais do Nordeste. Nos últimos anos, o setor de Mineração recebeu investimentos de R$ 433 milhões e deve ampliar essa margem para R$ 700 milhões, com previsão de chegar a 15 mil empregos diretos, frutos dos novos protocolos de intenções assinados com a SDE.
De acordo com estudos da Vale do Paramirim, a nova Província Mineral terá como principais municípios Caetité, Ibipitanga, Paramirim, Licínio de Almeida, Boquira e Macaúbas. Sobre a exploração, a previsão é que ela comece até 2022.