O Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 2 pontos em maio, para 91,8 pontos, o menor nível desde outubro de 2018, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (31). Segundo o levantamento, a confiança empresarial acumula queda de 5,7 pontos desde janeiro, “praticamente anulando a alta de 6,3 pontos entre outubro de 2018 e janeiro deste ano, período de ‘lua de mel’ dos mercados com o novo governo”.
Na métrica de média móveis trimestrais, o índice recuou pela terceira vez consecutiva, em 1,6 ponto. “O resultado geral continua retratando uma economia com um nível de atividade fraco e, o que é pior, um quadro de relativo pessimismo com a possibilidade de uma aceleração consistente nos próximos meses. De certa forma esse pessimismo moderado pode estar contribuindo para manter a economia andando de lado neste segundo trimestre”, afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente de estatísticas públicas da FGV IBRE.
O indicador consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção. Em maio, houve queda em todos os subíndices que integram o ICE. Na indústria, o recuo de 0,7 ponto. No setor de serviços, a confiança caiu pela quarta vez consecutiva, acumulando perda de 9,2 pontos. No comércio, houve queda de 5,4 pontos e na construção, de 1,8 ponto.
Já o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas subiu 2,2 pontos em maio, para 119,5 pontos, o maior nível desde setembro de 2018 (121, 5 pontos).