Ao comparar o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) com a gestão do ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), a presidente do PSL na Bahia, a deputada federal Dayane Pimentel, disse que o petista fez uma administração “não buscando eficiência, mas contemplar os cúmplices dele para gerar o caos que vemos hoje”. “O governo de Bolsonaro tem a equipe mais técnica que o país já teve. O senador Jaques Wagner não está acostumado a isso e, por essa razão, é incapaz para julgar o que é ou não uma boa equipe. Se fosse bom gestor, o estado estaria bem em suas contas, mas temos os piores índices de segurança e educação, universidades sucateadas. Mas o caos não começou com o sucessor dele, Rui Costa, mas com o próprio Wagner, que montou as equipes dele não buscando eficiência, mas contemplar os cúmplices dele para gerar o caos que vemos hoje. Podemos ter alguns problemas no governo Bolsonaro. Os obstáculos que enfrentamos dizem respeito à rotina natural de qualquer administração que busca acertar”, declarou Dayane à Tribuna.
Antes desta declaração da presidente do PSL, Wagner tinha dito, em entrevista exclusiva à Tribuna, que Bolsonaro “não tem um projeto para o Brasil e não tem uma equipe”. Também afirmou que os militares do governo têm sido o “lado ponderado e racional dentro do governo”. “Ele tem razão quando afirma que a ala militar dentro do governo é ponderada. Ele só esquece de mencionar a legitimidade e a inteligência do outro lado que é formado pelos olavistas, grupo no qual eu me incluo também. O governo do presidente Jair Bolsonaro, ao contrário do PT, não é formado por iguais; iguais nas maracutaias, iguais na perseguição ao povo, iguais na decadência cultural. Somos um grupo plural e transparente. Qualquer um que conheceu as entranhas do PT, como eu conheci, sabe que eles brigam entre si e passam uma imagem de amigos para a mídia e eleitores. Até nas relações individuais o PT é uma farsa. A ala militar tem minha total admiração e a ala olavista é o meu norteador. Um governo forte e preparado para qualquer circunstância”, disse a deputada federal.
Wagner descartou apoiar um eventual pedido de impeachment de Bolsonaro, apesar de críticas ao presidente. Para Dayane, o petista afirmou que não apoiaria o impedimento porque sabe que “não há a menor possibilidade disto acontecer”. “O presidente Bolsonaro governa para o povo e com o povo. O senador não consegue conviver com isso porque o novo governo frustra todos os planos de corrupção, enganação e doutrinação que esse país já teve. O presidente Bolsonaro não sofrerá impeachment porque ele não é ladrão, não roubou e não deixa roubar. A ex-presidente Dilma sofreu o impeachment porque cometeu crime de responsabilidade, porque efetuou gastos irresponsavelmente além do previsto no orçamento. Ou seja, ‘pedalou’. O processo foi acompanhado pelo Supremo e foi visto, sem margens para dúvidas, que foi legal. Os petistas querem insistir na tese de que foi ‘golpe’, pois acreditam piamente que uma mentira repetida inúmeras vezes torna-se verdade. Mas as pessoas não são bobas”, pontuou.(TB)