Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano passado, a cobertura domiciliar da coleta direta de lixo (porta a porta) recuou na Bahia. Em 2017, 3,388 milhões de domicílios eram atendidos pelo serviço no estado, número que caiu para 3,354 milhões em 2018, uma retração de 1,0% que representou menos 34 mil residências. A diminuição, em números absolutos, de domicílios com coleta direta de lixo na Bahia (-34 mil) foi a maior do país e fez o estado passar a ter a 4ª pior cobertura domiciliar do serviço. Em 2018, 66,8% das residências baianas eram atendidas pela coleta de lixo direta, percentual só maior que os encontrados no Maranhão (51,2%), Rondônia (63,4%) e Tocantins (66,3%).
No país como um todo, 83,0% dos domicílios tinham coleta direta de lixo em 2018. A cobertura domiciliar desse serviço ficava em torno de 90% em São Paulo (93,9%), Rio de Janeiro (89,5%) e no Paraná (89,2%). Na Bahia, ente 2017 e 2018, cresceu o atendimento de coleta de lixo por caçamba, de 14,2% para 17,7% dos domicílios (704 mil para 889 mil em números absolutos). O percentual de residências que queimavam o lixo no próprio terreno também recuou no estado, de 15,8% em 2017 para 13,8% em 2018. Essa solução ainda era adotada, porém, por 692 mil domicílios baianos, numa proporção muito maior que a do país como um todo, onde 7,5% dos domicílios queimavam seu lixo.
O abastecimento de água por rede geral praticamente não avançou na Bahia, entre 2017 e 2018. Embora o número absoluto de domicílios atendidos por água encanada tenha tido um leve aumento, de 4,218 milhões para 4,243 milhões de um ano para o outro, não foi suficiente para elevar o percentual de cobertura do serviço, que teve uma discreta variação negativa, de 84,9% para 84,5% das residências. No Brasil como um todo, 85,8% dos domicílios eram atendidos por rede geral de água em 2018 (cerca de 61 milhões).
Dos serviços de saneamento básico, o único que ampliou um pouco sua cobertura na Bahia foi a coleta de esgoto por rede geral ou fossa séptica ligada à rede. Em 2018, 56,5% dos domicílios baianos tinham o esgoto coletado dessa forma (2,838 milhões em números absolutos), frente a 55,8% em 2017 (2,775 milhões). Embora seja o serviço de saneamento básico com menor cobertura no estado e esteja abaixo da média nacional (66,3% dos domicílios brasileiros estão de alguma forma conectados à rede de esgoto), a Bahia tem o maior percentual de atendimento do Norte-Nordeste.