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POLÍCIA DIZ QUE RISCO DE ROMPIMENTO DA BARRAGEM NA FAZENDA DE GUSTTAVO LIMA DEVE ZERAR EM DOIS DIAS

Redação - 21/05/2019 18:00

pós ser vistoriada por correr risco de romper, nesta segunda-feira (20), a barragem que fica na fazenda do sertanejo Gusttavo Lima já começou a ser esvaziada. Em entrevista para a QUEM nesta terça-feira (21), o delegado Luziano de Carvalho, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), afirmou que o risco de rompimento está quase nulo. “Pelo que analisamos, o risco de a represa romper está quase chegando ao mínimo. Estamos diminuindo os riscos, espero que isso tenha zerado em dois dias”, explicou ele, que vistoriou a represa acompanhado de representantes do Ministério Público e de bombeiros.

De acordo com o delegado, durante a vistoria, foram encontradas rachaduras e infiltrações na represa, que fica às margens da rodovia GO-120 e bem próxima a seis casas de família. “Encontramos infiltrações e rachadura no talude da represa, o que significa pode haver um rompimento. Se tivesse chovido na quinta passada, a água entraria na rachadura e poderia ter desmoronado tudo”, disse, explicando que no último dia 15 funcionários que trabalham na fazenda perceberam rachaduras e deslocamento de terra e a empresa de Gusttavo Lima avisou às autoridades.

O delegado afirmou que, em fevereiro do ano passado, o sertanejo e mais quatro pessoas foram indiciadas por ampliação de barragem sem licença. “Qualquer ampliação de barragem precisa de licença. Quer fazer um projeto bem elaborado, busque um licenciamento”, disse Luziano, que trabalha há 20 anos com meio ambiente e sabe os perigos de uma barragem desmoronar. “Quando uma barragem rompe é uma tragédia. Ninguém sabe a mancha de inundação. É lamentável que no Brasil ainda tenha acontecer desgraça para servir de lição”. lamentou.

Segundo Luziano, o risco de rompimento está diminuindo na medida em que parte do volume de água está sendo retirado. “Já está abaixando, vamos chegar dois metros abaixo (segundo ele, a represa tem cinco metros de profundidade). Quanto mais vai diminuindo o volume da água, mais vai diminuindo o risco de rompimento e um possível dano. Por isso nunca recomendei fazer represas às margens de rodovias. Porque por menor que seja o risco de rompimento, ele existe”, disse.

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