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PRESIDENTE DA COMISSÃO DA PREVIDÊNCIA CRITICA DISCURSO DO GOVERNO E CONVOCAÇÃO DE PROTESTO DO DIA 26

Redação - 20/05/2019 11:37

O deputado federal Marcelo Ramos (PR-AM), presidente da comissão especial que analisa a reforma da Previdência na Câmara, criticou na manhã desta segunda-feira (20), em audiência na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), os discursos mentirosos sobre a reforma da Previdência, como o combate aos privilégios e a recuperação econômica do Brasil.

“Tem alguns discursos do governo que não são verdadeiros e precisam ser tratados com muita verdade. O primeiro discurso é que aprovada a reforma da Previdência no outro dia o Brasil vai virar uma ilha de prosperidade. Isso não é verdade. O Brasil vive uma instabilidade política que contamina investimentos internos e externos. E todos os economistas consideram 2019 um ano perdido do ponto de vista da recuperação, tanto no PIB quanto no índice de desemprego. Na reforma trabalhista venderam uma ilusão, como se só ela fosse capaz de resolver os males do país. Não podemos vender ilusão”, disse.

“O outro discurso é que a reforma é só para combater privilégios. Não é só para isso. Se fosse só para isso, faria um recorte que não atingiria quem ganha até dois salários-mínimos. É para fazer ajuste fiscal”, acrescentou. Ele também fez críticas à convocação de atos de apoio ao texto, programados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro para o próximo dia 26.

Ramos considerou os protestos como “a coisa mais surreal” que ele já viu na vida. “Esse protesto é para gerar um clima de questionamento das instituições democráticas e criar o caos no país. Nós não vamos permitir que esse tipo de atitude contamine a tramitação da proposta. É um protesto a favor da reforma da Previdência contra quem é a favor da reforma da Previdência. Esse negócio é sem pé nem cabeça. Me desculpe. É um negócio que não é a favor da previdência”, criticou o parlamentar.

Ramos ainda afirmou que Bolsonaro tem “desapreço pela democracia” e a votação da reforma deverá ser viabilizada por deputados e senadores. “O Congresso vai cumprir o seu papel, mas ninguém vai mudar a forma do presidente de pensar. O desapreço dele à democracia não é fruto desse momento da história. Toda a trajetória de vida pública é desapreço pela democracia. Uma hora ele vai aprender”, defendeu.

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