O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,57% em abril, abaixo da taxa de 0,75% de março, segundo divulgou nesta sexta-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da desaceleração, trata-se da maior taxa para um mês de abril desde 2016, quando o índice foi de 0,61%. A inflação de abril foi pressionada principalmente pela alta dos preços de alimentos, combustíveis e remédios.
Nos 4 primeiros meses de 2019, a inflação se situou em 2,09%. Com o resultado de abril, o índice acumulado em 12 meses avançou para 4,94%, contra os 4,58% nos 12 meses imediatamente anteriores, ficando um pouco mais distante da meta central de inflação do governo para 2019, que é de 4,25%. Segundo o IBGE, trata-se do maior índice para o período de 12 meses desde janeiro de 2017 (5,35%).
A inflação de abril foi pressionada principalmente pela alta dos preços dos grupos alimentação e bebidas (0,63%), transportes (0,94%) e saúde e cuidados pessoais (1,51%). “Juntos, estes três grupos responderam por 89,5% do índice do mês, com impactos de 0,16 ponto percentual (p.p.), 0,17 p.p. e 0,18 p.p., respectivamente”, destacou o IBGE. Já os principais impactos individuais no mês foram as altas da gasolina (2,66%), tomate (28,64%) e dos remédios (2,25%), refletindo este último o reajuste anual, em vigor desde 31 de março, com teto de 4,33%.
Outros destaques de alta no mês foram passagem aérea (5,32%), ônibus urbano (0,74%) e plano de saúde (0,80%). No grupo alimentação, os preços que mais pesaram no IPCA, depois do tomate, foram os do frango inteiro (3,32%), cebola (8,62%) e carnes (0,46%). Por outro lado, houve queda no feijão-carioca (-9,09%) e nas frutas (-0,71%).