Segundo dados do IBGE, o Brasil têm cerca de 13,4 milhões de desempregados, pouco mais de 12% da população total do país. Considerando os altos índices de desemprego, diversas pessoas tendem a empreender, para gerar renda e sustento familiar. Somente neste ano, o número de microempreendedores individuais (MEIs), já ultrapassou a marca de 8 milhões, fechando março com 8.154.678 cadastros, segundo dados do Portal do Empreendedor do governo federal.
Para estes microempreendedores, o microcrédito pode ser um grande aliado dos negócios. Além de financiar pequenos empreendimentos formais, o microcrédito também permite e fornece condições necessárias àquelas pessoas que possuem pouco recurso financeiro para o investimento inicial. A principal finalidade é impulsionar o início do negócio para as pessoas que conhecem e têm vontade de desenvolver alguma atividade econômica, por mais simples que ela seja.
Segundo dados da Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (Abcred), o microcrédito apresentou crescimento no ano passado. Considerando 26, das 33 instituições associadas à Abcred, o valor total emprestado em 2018, cresceu 18,3% em relação ao ano anterior, em um total de R$ 714.243.381. Para a presidente da instituição, Claudia Cisneiros, este aumento está ligado a uma maior oferta de microcrédito por parte das instituições e demonstra uma maior competitividade no mercado.
Houve melhora também com relação à carteira ativa das entidades, que obteve crescimento de 16,4%. O número de clientes ativos aumentou para 127.289, correspondendo a um aumento de 7,6%. A quantidade de operações em 2018 também apresentou aumento, sendo 4,7% a mais do que em 2017. “Este aumento é muito positivo, pois, demonstra que os empreendedores estão mais confiantes na melhora da economia do país”, comenta Claudia.
Para a presidente, as experiências de microcrédito têm demonstrado que é possível criar empregos e renda a partir de uma ação planejada, fazendo com que haja um desenvolvimento local. “O microcrédito promove, além de desenvolvimento econômico, o desenvolvimento cultural e social, que traz bem-estar às pessoas envolvidas’, completa a presidente.