O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (10) que a “imagem distorcida” da Caixa Econômica Federal se deu em razão de indicações políticas feitas por governos anteriores para cargos no banco. De acordo com Bolsonaro, a prática “não tinha como dar certo”.
Nos últimos anos, irregularidades na Caixa ganharam destaque no noticiário com as operações Lava Jato e Greenfield, que apuraram suspeitas de corrupção no banco. Em janeiro de 2018, o então presidente Michel Temer, afastou quatro vice-presidentes do banco. Ele tomou a decisão após recomendações do Ministério Público Federal do Distrito Federal e do Banco Central. As recomendações tiveram como base suspeitas de corrupção investigadas pelo MPF e pela Polícia Federal.
Segundo o G1, Bolsonaro falou sobre as indicações técnicas para o banco em um evento com funcionários da Caixa, realizado em um hotel em Brasília, próximo ao Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.“Me elegi e a decisão foi a seguinte, como havia falando durante anos: não teremos indicações políticas. A imagem distorcida da Caixa era em função disso”, disse o presidente.
Segundo Bolsonaro, partidos políticos dividiam espaços em diretorias e vice-presidências da Caixa. “Cada partido tinha uma diretoria, tinha uma vice-presidência, e, com todo o respeito, o presidente, para ser educado, não falava muito. Não tinha como dar certo”, declarou.
No meio do discurso, Bolsonaro defendeu as indicações técnicas no governo e a busca por melhorar a produtividade. Ele afirmou que é natural surgirem problemas, mas, segundo o presidente, serão contornados.“Problemas, sim. Talvez tenha um tsunami a semana que vem, mas a gente vence esse obstáculo, aí, com toda a certeza. Porque somos humanos, alguns erram, uns erros são perdoáveis, outros, não. Assim é na nossa vida familiar também”, disse Bolsonaro.