O presidente Jair Bolsonaro afirmou em entrevista nesta quarta-feira (8) que poderá viajar na semana que vem para Dallas, nos Estados Unidos. Ele reiterou informação dada na última segunda-feira pelo porta-voz Otávio Rêgo Barros. A provável viagem para Dallas substitui a visita a Nova York, onde receberia a homenagem de personalidade do ano da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. A visita foi cancelada depois de empresas que patrocinariam o evento terem desistido de homenagear Bolsonaro e de críticas do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, que chegou a pedir a um dos locais escolhidos que não recebesse o presidente por considerá-lo um “ser humano perigoso”.
“Estamos ultimando a feitura dessa ida aos Estados Unidos, possivelmente Dallas. Estamos em contato com Bush, com Ted Cruz, entre outros que gostariam de me ver presente em seu estado. Uma viagem de um chefe de Estado não pode ser marcada de uma hora para outra. Estamos tentando acertar para quinta e sexta da semana que vem”, afirmou Bolsonaro. Ele criticou Bill de Blasio e afirmou que o prefeito estava “insuflando a população para atirar o que tiver nas mãos contra a minha pessoa”. “Já que estou sendo incômodo para ele – que não sou para o Trump e para o povo americano –, resolvemos não criar polêmica e enfrentar esse tipo de manifestação. Não pode ser dessa forma”, disse.
Segundo Bolsonaro, com a atitude, de Blasio “se queimou” caso dispute as prévias do Partido Democrata que escolherão o candidato do partido a presidente. “Que tipo de relacionamento ele vai ter se porventura for eleito com um país cujo chefe de Estado tem demonstrado respeito e quer se aproximar da primeira economia do mundo? Acho que esse cidadão aí queimou os cartuchos, se queimou completamente na sua corrida para enfrentar as prévias”, declarou Bolsonaro.