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SALVADOR REALIZA OPERAÇÃO DE PEÇAS DE ENERGIA EÓLICA PARA OS EUA

Redação - 08/05/2019 13:26

Habituado a receber equipamentos para a produção de energia eólica, para atender projetos em implantação na Bahia ou mesmo em outros estados do Nordeste, o Porto de Salvador iniciou na última terça-feira (07) uma operação inédita. Desta vez, o movimento é de saída. Pela primeira vez, o local realiza uma operação de embarque de equipamentos do tipo para atender um projeto na cidade de Houston no estado do Texas nos Estados Unidos. A operação também marcou a primeira oportunidade em que o navio Bahri Jeddan, de bandeira da Arábia Saudita, atracou na América do Sul. O cronograma prevê que a embarcação deixe a capital baiana na noite desta quarta-feira (8) carregada com 24 naceles, 24 geradores e 24 hubs, que foram produzidos na General Eletric (GE), em Camaçari.

As peças são consideradas carga de projetos de alto valor agregado e estão programados mais cinco embarques para os EUA, no valor de R$ 300 milhões.  Estes equipamentos, antes do embarque, foram estocados no pátio de armazenagem do porto e é necessário toda uma operação especial que envolve equipamentos diferenciados, segundo informações divulgadas pela Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba). O navio irá utilizar o tug master e plataforma mafi, próprios para operações portuárias e reportuárias, próprios para atividades que exigem manobras em pouco espaço físico. A plataforma mafi é como um trailler de carga especial, que é utilizado em operações com navios roll-on rool-off, para deslocamento de cargas de grandes dimensões e pesos acima de 30 toneladas.

“Até o final do ano, serão realizadas exportações de 120 kits de componentes eólicos, produzidas na Bahia, para os Estados Unidos”, informou do diretor de Gestão Comercial e de Desenvolvimento da Codeba, Fábio Luiz Lima de Freitas. “Estas operações comprovam que o porto da capital baiana tem capacidade e posicionamento estratégico para a importação e exportação das cargas de projetos, dentre elas as eólicas”, destacou. “Como transportar esses materiais através do mar é uma forma mais segura para o setor, além de diminuir o tempo de exposição da carga, de alto valor, nas rodovias, a Codeba em conjunto com os operadores vem, desde 2017, adotando incentivos visando ampliar este tipo de operação no Porto de Salvador”, ressaltou Fábio Freitas.

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