Os economistas dos bancos reduziram, novamente, a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) e, pela primeira vez, passaram a estimar uma expansão abaixo da marca de 1,5% para este ano. A previsão consta no boletim de mercado, também conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Banco Central (BC). O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
Para o crescimento do PIB deste ano, a previsão do mercado financeiro recuou de 1,70% para 1,49% na semana passada. Foi a décima queda seguida do indicador. O início das revisões para baixo na expectativa de crescimento do mercado financeiro para o PIB deste ano começou após a divulgação do resultado do ano passado – quando a economia avançou 1,1%. No fim de março, o Banco Central estimou uma expansão de 2% para a economia brasileira neste ano e o Ministério da Economia projetou um crescimento de 2,2% para 2019.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado financeiro de expansão da economia permaneceu estável em 2,50%. Os economistas dos bancos também não alteraram a previsão de expansão da economia para 2021 e para 2022 – que continuou em 2,5% para os dois anos. Para 2019, os economistas do mercado financeiro elevaram a expectativa de inflação de 4,01% para 4,04%. A meta central deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2020, o mercado financeiro manteve em 4% a estimativa de inflação – em linha com a meta central, de 4% para o próximo ano. No ano que vem, a meta terá sido oficialmente cumprida se a inflação oscilar entre 2,5% e 5,5%.