O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas avançou 0,7 ponto em abril de 2019, para 97,9 pontos, recuperando parte da queda de 1,8 ponto do mês anterior. Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 0,1 ponto. “A discreta alta da confiança industrial em abril, após recuo no mês anterior, resulta da combinação de melhores avaliações em relação ao nível de demanda interna, ainda que o ritmo de atividade do setor continue lento, e de certo ceticismo quanto à possibilidade de uma aceleração expressiva nos próximos meses. O setor parece em compasso de espera face aos níveis ainda elevados de incerteza econômica”, comenta Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas Públicas da FGV IBRE.
Em abril, a confiança subiu em 9 dos 19 segmentos industriais pesquisados. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,4 ponto, para 98,5 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) ficou estável em 97,4 pontos. O indicador que mede o grau de satisfação com a situação atual dos negócios subiu 2,7 pontos, para 97,1 pontos, exercendo a principal influência positiva para o resultado do ISA no mês. A parcela de empresas que a avaliam como boa subiu de 14,5% para 15,1% e a das que a consideram fraca diminuiu de 22,1% para 17,5% do total.
Com relação às expectativas, houve alta do indicador que prevê a tendência da produção nos três meses seguintes e queda nos indicadores de emprego (3 meses) e tendência dos negócios (6 meses). O indicador que mede a expectativa dos empresários em relação ao volume da produção nos três meses seguintes subiu 3,4 pontos, para 98,0 pontos; o que mede a tendência do pessoal ocupado da empresa recuou 2,8 pontos, para 94,2 pontos; e o que projeta a evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes caiu 0,6 ponto, para 100,0 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) caiu 0,2 p.p. entre março e abril, para 74,5%.