Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento no percentual de homens que realizam afazeres domésticos na Bahia não significou um aumento nas horas que eles dedicam a esse tipo de atividade. Na Bahia, em 2018, enquanto as mulheres despendiam, em média, 22,1 horas semanais cuidando da casa e seus moradores, os homens gastavam 10,0 horas, isto é, menos da metade.
No Brasil como um todo, a situação é bem similar. Enquanto as mulheres dedicaram, em 2018, uma média de 21,3 horas semanais a afazeres e/ou cuidados, os homens dedicaram 10,9 horas (quase metade, ou menos 10,4 horas). Mesmo quando têm um trabalho remunerado, as mulheres ainda dedicam, em média, muito mais tempo aos afazeres domésticos e/ou cuiaddos com pessoas do que os homens, estejam eles trabalhando ou não.
Na Bahia, em 2018, as mulheres ocupadas que disseram realizar afazeres e/ou cuidados de pessoas trabalhavam fora em média 31,7 horas por semana e ainda dedicavam outras 19,0 horas semanais à casa e/ou seus moradores. Os homens ocupados que realizavam afazeres e/ou cuidados trabalhavam fora mais horas que as mulheres (37,3 horas ou 5,6 horas a mais), mas dedicavam à casa bem menos tempo que elas (9,3 horas ou 9,7 horas a menos).
Somando as duas cargas horárias, remunerada e não remunerada, as mulheres trabalhavam 4,2 horas a mais que os homens, na Bahia, em 2018. A desigualdade no tempo dedicado aos afazeres domésticos e/ou cuidados com pessoas também era marcante mesmo entre mulheres que tinham um trabalho remunerado e homens que não trabalhavam fora. Elas dedicavam 19,0 horas semanais à casa e seus moradores, enquanto os homens que não trabalhavam despediam 11,2 horas nas mesmas tareefas, ou seja, quase 8 horas a menos (-7,8 horas). Essa diferença ficava acima da média nacional na mesma comparação (6,5 horas a mais para as mulheres ocupadas em relação aos homens não ocupados) e era a sétima maior entre os 27 estados.