Friday, 18 de April de 2025
Euro Dólar

MORAES TERIA RECEBIDO R$ 4 MILHÕES DE EMPRESA ALVO DA OPERAÇÃO ACRÔNIMO

Redação - 17/04/2019 15:26

Documentos apreendidos na Operação Acrônimo, coordenada por Polícia Federal e Ministério Público Federal, indicam o pagamento de pelo menos R$ 4 milhões de uma das empresas investigadas, a JHSF Participações, de São Paulo, para a firma de advocacia do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, entre 2010 e 2014.

Na época, Moraes não tinha cargo público. Os valores a Moraes estavam associados à palavra Parkbem, antigo nome de uma empresa de estacionamentos do grupo JHSF. Além de Moraes, uma planilha encontrada pela PF também mostrava valores que seriam entregues ao PT e PSDB.

Na primeira planilha analisada constavam três pagamentos que somavam R$ 1 milhão em 2011. A defesa da JHSF ficou de apresentar os documentos fiscais dos pagamentos, que seriam “honorários advocatícios”.

A coordenação da Operação Acrônimo pediu ao ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), relator da investigação, que informasse ao Supremo Tribunal Federal (STF) a necessidade de abertura de um inquérito. Moraes disse à reportagem, em nota, que os pagamentos foram legais e o caso já foi arquivado “liminarmente” pelo ministro do STF Luiz Fux. A assessoria do STF diz não ter informações sobre o caso porque tramita em sigilo.

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse, em nota, que está impossibilitado de explicar os serviços que prestou à JHSF Participações devido a “cláusula de confidencialidade” com seu cliente, para o qual afirmou ter trabalhado entre o segundo semestre de 2010 e final de 2013.

Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.