A Lei das Estatais deve impedir que o engenheiro químico Claudio Villas Boas, que é ex-funcionário da Odebrecht Ambiental, assuma o comando da Embasa, apesar do desejo do governador Rui Costa (PT). A legislação proíbe no artigo 17 que o indicado para diretoria tenha “firmado contrato ou parceria, como fornecedor ou comprador, demandante ou ofertante” com a estatal em período inferior a três anos, antes da data de nomeação.
Claudio Villas Boas foi diretor da Odebrecht Ambiental até abril de 2017, quando a empresa foi vendida para a BRK Ambiental. Com a venda, Villas Boas também foi transferido para a BRK Ambiental, onde ficou até dia 5 de fevereiro deste ano. Neste período, houve contratos da BRK Ambiental com a Embasa.
A estatal baiana tem, inclusive, acordo, com a empresa, para operação do emissário Jaguaribe, que só encerra em dezembro de 2024. A Odebrecht Ambiental também firmou contratos com a estatal baiana neste ínterim. Com relações na iniciativa privada, Claudio Villas Boas passou a ser cogitado pelo governador, porque Rui Costa tem interesse na privatização de setores da Embasa. E acredita que o engenheiro conseguiria pôr capital privado na estatal.