Em seu artigo no jornal Correio desta sexta-feira, o escritor e economista Armando Avena considerou um absurdo a proposta de transformar o Palácio do Rio Branco, antiga sede do governo da Bahia, num hotel. Segundo Avena, que é Membro da Academia de Letras da Bahia, transformar um prédio dessa importância histórica em hotel é um atentado à história da Bahia e vai impedir ou dificultar que baianos e turistas possam conhecer um pouco da história da cidade visitando um prédio público originalmente construído pelo primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Souza, e que, embora reconstruído várias vezes, ainda representa um marco na cidade. A proposta do governo do Estado ainda está em fase embrionária, mas investidores já estão visitando o local. Veja a nota na coluna do escritor publicado no jornal Correio
” Todo e qualquer prédio privado no centro histórico de Salvador pode ser transformado em hotel desde que siga as regras, já que a área é patrimônio mundial da humanidade. Foi assim com o Hotel Fasano e o Fera Palace Hotel que mantiveram as características dos prédios que ocupam. Agora, transformar um prédio público como o Palácio do Rio Branco, a antiga sede do governo da Bahia, que hospedou D. Pedro II e está cheio de relíquias históricas e reais é simplesmente um absurdo. Só se vê na Bahia. É algo como transformar o Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, num hotel. O Palácio do Catete abriga hoje o Museu da República, dedicado à história da república brasileira. E o Palácio Rio Branco deveria ter destino semelhante.” Veja o artigo na íntegra