O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta terça-feira durante um evento no Brazil Institute, em Washington, que a Constituição brasileira é vaga sobre as atribuições da vice-presidência e que ele entende seu papel como de divulgar as ideias do governo para investidores e líderes locais. – Não é fácil ser um vice-presidente. Claro, você é o segundo no comando. – e completou – Você tem que ter disciplina intelectual para entender as necessidades do presidente. Eu vejo a mim mesmo como complementar ao presidente. (…) Eu me sinto como a espada e o escudo do presidente. Eu posso defendê-lo quando ele precisa ser defendido, e eu posso atacar quando ele precisa atacar.
Mourão também foi questionado sobre o caso do deputado federal Jean Wyllys, que deixou o Brasil no início do ano apesar de ter sido reeleito. Wyllys afirmou que sofria ameaças no país. Mourão afirmou que o governo não tem política de perseguição de minorias. – O presidente Bolsonaro acredita firmemente e verdadeiramente que foi eleito para todos que estão no Brasil, então não há problema com as minorias. Nosso governo não tem política para perseguir minorias. Não é assim que nos comportamos. Todos que são brasileiros devem ficar no Brasil e não devem ter medo.
Mourão afirmou que “é muito triste quando coisas assim acontecem” e disse que acredita o deputado deveria ter ficado no Brasil, já que “o Brasil é para todos”. – No caso específico do sr. Wyllys, eu particularmente acredito que ele deveria ter ficado no Brasil e ter acreditado na nossa lei e na nossa polícia para que pudéssemos protegê-lo. Asseguro que não há política para perseguir ninguém.