A quebra da companhia aérea Avianca é mais uma dificuldade para o turismo baiano nos próximos meses, de acordo com a coluna Farol Econômico do jornal Correio. Um acordo entre a empresa e a administração do Aeroporto Internacional de Salvador – Vinci Airports garantiu hoje (8) e amanhã (9) a manutenção dos voos que a empresa aérea ainda opera em Salvador. No entanto, os sete voos da empresa que foram cancelados na cidade desde o mês de março continuam sem uma perspectiva de retorno.
Segundo dados da concessionária Vinci, em um ano as sete rotas transportavam 1,2 milhão de pessoas. O coordenador da Câmara Empresarial do Turismo (CET), da Federação do Comércio da Bahia (Fecomércio-Ba), Manolo Garrido, lembra que com as sete rotas voos canceladas, Salvador não possui mais voos diretos para Maceió, Aracaju e Petrolina. “Brasília, Rio, Fortaleza e Recife também foram perdas, mas pelo menos nestes casos existem outras opções”, ressalta Manolo.
Além dos efeitos mais diretos, a perda da companhia aérea deve representar uma mudança mais significativa para o turismo brasileiro. Mesmo com a concretização de um possível acordo da Gol ou Latam, para assumir as rotas atualmente operadas pela Avianca, é real o risco de uma redução na oferta de voos e aumentos de passagens – duas situações negativas para o turismo. “Nossa expectativa é que a solução para o caso não passe apenas pela questão financeira. A Avianca tinha uma influência muito forte nas regiões Centro-Oeste e Nordeste. Nós não sabemos, por exemplo, se a Latam, que concentra suas atividades no Sudeste, teria interesse em ocupar este espaço”, calcula. A negociação mais avançada da Bahia para implantação de um hub com uma companhia aérea era justamente com a Avianca.