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AZI QUER QUE PRESIDENTE ENTRE EM CAMPO PARA APROVAR REFORMA

Redação - 08/04/2019 09:50 - Atualizado 08/04/2019

Novo presidente do DEM na Bahia, o deputado federal Paulo Azi disse, ontem, que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) precisa entrar em campo para aprovar a reforma da Previdência. “Ele foi o autor da proposta. (O seu papel) não pode se resumir a entregar isso lá na Câmara. Isso não basta. Ele tem que estar presente até porque tem pontos que precisam ser modificados e conversado com ele. Ele não pode ser omisso. Tem que ser protagonista maior. Ele tem respaldo popular para propor isso. Ele tem que liderar o processo como presidente da República”, declarou o democrata, em entrevista à Tribuna.

Azi disse, ainda, que Bolsonaro fez um “gesto importante” ao convidar dirigentes partidários para participar de reuniões. Entre os convidados, esteve o prefeito de Salvador, ACM Neto, que é presidente nacional do DEM. “Foi um gesto importante e a gente espera que, a partir de agora, exista  um contato e uma relação de confiança entre o Poder Executivo e Poder Legislativo para que se possa recuperar o tempo atraso”, asseverou. Nas reuniões, Bolsonaro teria prometido não falar mais em “velha política”. “Essa história de ‘velha política’ e ‘nova política’ não existe. Ele e algumas pessoas ligadas a ele criaram. O que existe é boa política. Velha política e nova não existe”, declarou Azi. “Ninguém governa sozinho. Nem o presidente governa e nem pode Legislativo governa”, acrescentou.

Perguntado se é a favor do DEM fechar questão (ou seja, todos os membros do partido votar da mesma maneira), Azi afirmou que seu partido não tem essa tradição. “O partido sempre procura o diálogo. Construir uma unidade para que se vote na orientação do partido. É um tema polêmico. Agora, não é tradição. Também não vejo necessidade. Tem que procurar é convencer. Está tendo essa cobrança para que outros partidos façam porque o partido do presidente fez. É claro que o Planalto deseja que todos os partidos fechem questão, mas não vejo esse ambiente. Está muito longe disto. Ainda estamos na fase de saber qual proposta será feita para depois avaliar se fecha questão ou não”, pontuou.

Azi disse, ainda, que vai propor uma mudança no texto da reforma da Previdência. Segundo ele, o governo quer que os idosos, que recebem assistência previdenciária, passem a receber, a partir dos 60 anos, R$ 400. E só depois dos 70 anos passe a ganhar um salário mínimo. Hoje, a partir dos 65 anos, o idoso recebe um salário mínimo. O democrata baiano quer incluir uma emenda que possibilite o beneficiado escolher se prefere receber R$ 400 já a partir dos 60 anos e só depois dos 70 ganhe o salário mínimo. Ou se prefere esperar até os 65 para ganhar o salário mínimo.

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