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BOLSONARO TEM QUE TER ‘RESPONSABILIDADE’ E NETO ‘PAGARÁ O PREÇO’ POR APOIÁ-LO, DIZ WAGNER

Redação - 06/04/2019 18:14

Presente na inauguração da Avenida 29 de Março, na manhã de hoje (6), o senador e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), comentou a declaração do presidente Jair Bolsonaro, que disse não ter nascido para ocupar o cargo, e sim para ser militar. Para Wagner, Bolsonaro “deveria ter pensado nisso antes de ter colocado o nome dele para ser candidato”. “Agora ele tem que ter a responsabilidade de governar. No fundo, ele reconhece. Nós vamos, agora, na quarta-feira, fazer um seminário, completando cem dias do governo dele, para fazer um relatório do que aconteceu. Tudo indica que será um relatório de uma página, uma página em branco, porque até agora não aconteceu nada”, disse, em entrevista à imprensa.

Wagner também comentou a aproximação do prefeito de Salvador e presidente do DEM, ACM Neto, com Bolsonaro. Além do encontro entre os dois, ocorrido nesta semana, outro sinal do estreitamento dos laços políticos está na avaliação do nome do deputado João Roma (PRB-BA), braço direito de Neto, como novo líder do governo no Congresso e até mesmo como novo ministro da Educação. “Eles [Neto e Bolsonaro] se abraçaram bastante naquela visita dele. Eu pensei até que iam chorar. (…) Mas, tudo bem, eles estão se identificando, e depois Neto pagará o preço político disso perante o povo de Salvador e da Bahia”, alfinetou.

O senador se esquivou de fazer apostas sobre o futuro do governo Bolsonaro e disse não ter interesse de que as coisas deem errado, pois “quem vai pagar o preço é o povo”. No entanto, ele não poupou críticas aos ministros. “Aquilo ali é um tiroteio, cada um atira para um lado. O ministro da Economia [Paulo Guedes], pelo visto, não tem equilíbrio emocional (…), a imagem dele está no mundo inteiro xingando os outros. O ministro da Educação [Ricardo Vélez Rodríguez] tem ideias da inquisição, da Idade Média. A senhora que está nos Direitos Humanos [Damares Alves] fala impropérios de manhã, de tarde e de noite. O ministro das Relações Exteriores [Ernesto Araújo] também. Estamos comprando briga que não é nossa, na relação exterior, para virar o quê? Linha auxiliar dos Estados Unidos”, criticou.

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