A prefeitura de Salvador aditivou, ou seja, deu mais verbas, para um contrato firmado com o Instituto de Gestão e Humanização (IGH). De acordo com o Diário Oficial de Salvador, o prazo de prestação de serviço da empresa foi aumentado por mais um ano e o valor global estimado passou a ser de mais de R$ 12 milhões. Na análise das contas de 2016, o Tribunal de Contas do Município apontou irregularidades no aditamento de contratos com diversas instituições e cita o IGH.
Relator à época, o conselheiro Mário Negromonte cobrou explicações dos contratos do IGH, Barra Construção, Metro Engenharia, Rocle Serviços e Construtora Jotagê e Soul Eventos; No processo, a prefeitura alegou que as empresas contratadas para gestão de serviços de saúde tinha o objetivo de ocupar uma lacuna de profissionais que passaram em concursos, mas não tomaram posse dos cargos “por motivos alheios à municipalidade”.
O IGH tem dado dor de cabeça não só na Bahia, mas em outros estados do país. Em 2013, por exemplo, a promotora Marlene Nunes Freitas Buenos, de Goiás, abriu inquérito para apurar irregularidades entre o instituto e o Estado. Em 2015 e 2016, as broncas apareceram no Piauí. Lá, o Tribunal de Contas do Estado auditou os contratos e notificou o secretário de Saúde por ter dado “um cheque em branco” à empresa. Em 2017, em Salvador, o então vice-presidente do Sindmed, Luiz Américo, reclamou da situação dos médicos terceirizados que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).