A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Instituto Vladmir Herzog denunciaram o presidente Jair Bolsonaro na ONU por recomendar que os quartéis promovam uma “comemoração adequada” do aniversário do golpe militar que instaurou uma ditadura no Brasil em 1964.
Segundo o blog de Jamil Chade, no UOL, em um documento enviado aos relatores das Nações Unidas, as entidades alertam para uma “tentativa de modificar a narrativa do golpe de estado de 31 de março de 1964 no Brasil”, por meio de “instruções diretas do gabinete do presidente, desconsiderando as atrocidades cometidas”.
O texto se baseia não apenas nas recomendações de Bolsonaro, como também em entrevistas nas quais ele nega o caráter ditatorial do regime militar. Além disso, a OAB cita o fato de que a mesma mudança de narrativa foi adotada por outros membros do governo, a exemplo do chanceler Ernesto Araújo. Após causar polêmica com a recomendação, Bolsonaro voltou atrás e disse, ontem (28), que a ideia não era comemorar, mas “rememorar” e “rever o que está errado”.