Os economistas do mercado financeiro mantiveram a expectativa de inflação estável em 2019 em 3,89%. A meta central deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2020, o mercado financeiro manteve em 4% a estimativa de inflação – em linha com a meta central, de 4% para o próximo ano. No ano que vem, a meta terá sido oficialmente cumprida se a inflação oscilar entre 2,5% e 5,5%.
O mercado manteve em 6,5% ao ano a previsão para a taxa Selic no fim de 2019. Atualmente, o juro básico da economia está neste patamar. Com isso, o mercado segue prevendo juros estáveis neste ano. Para o fim de 2020, a previsão recuou de 7,75% para 7,5% ao ano. Deste modo, os analistas continuam prevendo alta dos juros no ano que vem, embora em menor intensidade.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 permaneceu estável em R$ 3,70 por dólar. Para o fechamento de 2020, ficou inalterada em R$ 3,75 por dólar. Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2019 subiu de US$ 50 bilhões para US$ 50,50 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit avançou de US$ 46 bilhões para US$ 46,80 bilhões.
Já a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, subiu de US$ 80 bilhões para US$ 81 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas cresceu de US$ 82,30 bilhões para US$ 83,38 bilhões. As previsões constam no boletim de mercado, também conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (25) pelo Banco Central (BC). O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.