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MAIA CRITICA EXCESSO DE TWITTER DE BOLSONARO E PEDE MAIS ATENÇÃO COM A PREVIDÊNCIA

Redação - 23/03/2019 07:54

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) precisa ter “mais tempo para cuidar da reforma da Previdência e menos tempo” para as redes sociais. A declaração foi dada em meio à discussão sobre a prioridade dada pelo governo à tramitação da reforma na Câmara. Ao site do jornal “O Globo”, Maia disse que a responsabilidade “daqui para frente” sobre a articulação para aprovar a reforma é do governo. Bolsonaro, por sua vez, afirmou, no Chile, não ter dado motivo para Maia deixar a articulação da reforma da Previdência.

Maia disse ainda que continuará tocando na Câmara a reforma: “O meu papel eu vou continuar cumprindo, coordenando dentro da Câmara a aprovação da reforma e (…) colocando de forma clara na figura do presidente da República a responsabilidade dele [de] conduzir, por parte do governo, a aprovação da reforma”. Mais cedo, Bolsonaro declarou querer saber a razão pela qual Maia deixou a articulação da Previdência, que nada mudou e se disse “aberto ao diálogo”. A solução, afirmou, será conversar. “Só conversando, não é? Você nunca teve uma namorada? E quando ela quis embora, o que você fez para ela voltar? Conversou?”.

Em resposta, Maia afirmou: “Eu não preciso almoçar, não preciso do café e não preciso voltar a namorar. Eu preciso que o presidente assuma de forma definitiva o seu papel institucional, que é liderar a votação da reforma da Previdência, chamar partido por partido que quer aprovar a Previdência e mostrar os motivos dessa necessidade”. Reeleito presidente da Câmara com 334 dos 512 votos, Maia já fez diversas declarações públicas a favor da reforma da Previdência e chegou a afirmar, em entrevista à GloboNews, que esta é a “última” chance de o Congresso aprovar a reforma sem retirar direitos da população.

Nesta quarta-feira, após ter ameaçado não receber o projeto dos militares, e de bater de frente com Sergio Moro, Maia conversou com integrantes do governo. Um deles foi Paulo Guedes. Na conversa, Maia reclamou que o governo pedia votos mas “fazia questão” de “desmoralizar” a política, ao dizer que não faria “toma lá dá cá”, associando os congressistas à ideia de corrupção. A Guedes, Maia afirmou que fez oposição ao PT durante anos e, por isso, fez campanha sem “cargos”- mas que há deputados que querem espaço na sua base eleitoral para se eleger. E emendou cobrando que o governo deixe claro que não vai atender, mas que deixe a Câmara, então, “tocar os trabalhos”.

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