No segundo dia da visita oficial ao Chile, o presidente Jair Bolsonaro discutirá nesta sexta-feira (22) com outros seis líderes sul-americanos a criação do Prosul, fórum de desenvolvimento regional para substituir a União das Nações Sul-Americanas (Unasul). A Unasul, com sede em Quito, foi formada em 2008 por 12 países da América do Sul com o objetivo de promover a coordenação política, econômica e social da região. A iniciativa surgiu na era de ouro dos governos de esquerda na América Latina com lideranças como Luis Inácio Lula da Silva (Brasil), Michelle Bachelet (Chile), Rafael Correa (Equador), Néstor e Cristina Kirchner (Argentina) e Chávez (Venezuela).
Atualmente, apenas Bolívia, Guiana, Suriname, Uruguai e Venezuela seguem no grupo. Desde abril de 2018, sete dos seus países-membros (Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Paraguai, Peru e Equador) suspenderam sua participação ou anunciaram saída definitiva da organização devido à discordância sobre o seu funcionamento. A crise se intensificou no grupo por causa de um impasse com o governo do venezuelano Nicolás Maduro com em relação à escolha do novo secretário-geral da organização substituiria o colombiano Ernesto Samper, que terminou seu mandato em janeiro de 2017.
Em uma transmissão ao vivo em uma rede social, nesta quinta (21), Bolsonaro afirmou que o objetivo é “botar um ponto final” na Unasul, que, na opinião dele, serve como “nome de fantasia” do Foro de São Paulo. O foro foi um grupo criado na década de 1990 por partidos progressistas da América Latina.