Correligionário do ex-presidente Temer, o ex-ministro João Santana (MDB) concordou com o senador Jaques Wagner (PT) sobre a prisão preventiva do ex-chefe do Palácio do Planalto nesta quinta-feira (21). “Acho que foi precipitada também. Se ele fosse um desses lobistas famosos que a gente ouve falar, tudo bem”, afirmou o candidato derrotado do MDB ao governo da Bahia no ano passado. Para Santana,a prisão foi uma “coisa meio espetacular” e “não seria agora que Temer iria correr ou fugir do Brasil”. “É um cara casado, tem endereço certo, nacionalmente conhecido, todo mundo que estuda Direito conhece a obra dele”, acrescentou. O ex-ministro também criticou o entendimento da Justiça em muitas investigações relacionadas a políticos. “Evidentemente, se a moda pegar, eu acho que 90% dos políticos vão ter que dizer alguma coisa à Justiça, porque todo mundo solicitava ajuda para campanha. Eu jamais seria atingido, porque nunca pedi nada a ninguém, mas sei que todo candidato, quanto maior fosse, precisava de ajuda. A Justiça está achando que qualquer ajuda para campanha é propina, paciência. É um negócio terrível”, opinou.
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