Na primeira reunião de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central, nesta quarta-feira (20), o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 6,5% ao ano. Foi a oitava manutenção consecutiva. A taxa está no seu menor patamar da história há um ano, desde março do ano passado.
No comunicado divulgado junto com a decisão, o Copom informou que “indicadores recentes da atividade econômica apontam ritmo aquém do esperado”, apesar da economia brasileira seguir em processo de recuperação gradual, e que a “a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para a manutenção da inflação baixa no médio e longo prazos, para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia”.
A decisão já era esperada pelos economistas, uma vez que a economia ainda dá sinais de fragilidade ante o potencial de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), e sobram incertezas no cenário internacional.
No entanto, segundo o economista e editor chefe do portal Bahia Econômica, Armando Avena, a manutenção da taxa pelo BC deveria ser revista. “com a inflação em torno de 3,5%, e os mais de 12 milhões de desempregados, a economia ainda patina. Frente a isso, uma medida correta de política econômica, seria diminuir os juros para estimular investimentos e dar mais acesso a crédito, ampliando o consumo”, disse, acrescentando ainda, que “parece excesso de ortodoxia e não ajuda em nada o crescimento do país”.