Em declaração à imprensa, nos jardins da Casa Branca, ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje (18) que o encontro marca um “capítulo inédito” que abre “novas frentes de cooperação”. Ele destacou os esforços do seu governo para implementar as reformas em curso e o equilíbrio das contas públicas. Segundo o brasileiro, a dispensa de vistos para norte-americanos é para estimular o comércio e o turismo.
Bolsonaro agradeceu o apoio de Trump ao ingresso do Brasil na Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ele se referiu ao grupo que reúne 36 países que se guiam pelos princípios da democracia representativa e economia de mercado. O presidente também destacou a negociação para que o Brasil ingresse como parceiro externo na Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan), aliança militar criada em 1949 e que reúne 29 países, regido pelo princípio da defesa mútua em caso de ataques. “Discutimos a possibilidade de o Brasil entrar como aliado extra-Otan”, disse Bolsonaro.
Questionado se manteria relações com os Estados Unidos, em uma eventual vitória de um candidato à presidência da República, em 2020, com inclinações socialistas, Bolsonaro disse que respeitaria o resultado das eleições, pois se trata de um assunto interno. Porém, ao lado de Trump, Bolsonaro celebrou a redução do número de governos socialistas no mundo.
Segundo ele, pela “via democrática”, o Brasil se “livrou desse projeto”, referindo-se ao socialismo. “Cada dia que passa essas pessoas mais voltadas para o socialismo e até mesmo para o comunismo, aos poucos vão abrindo suas mentes para a realidade.”
O presidente brasileiro reiterou a disposição em manter o intenso comércio com a China e o máximo de parceiros. Porém, ressaltou que não haverá viés ideológico. “O Brasil continuará fazendo negócios com o maior número o possível [de parceiros]. Apenas não será pelo viés ideológico.”