Por João Paulo Almeida
A ponte Salvador Itaparica parece ser o assunto mais pautado pelo governo do estado no segundo mandato do governador Rui Costa (PT). O modal faz parte do complexo viário do Oeste e promete aquecer a economia de minérios do estado, além de ser uma nota de escoamento para diversos produtos que são exportados pelo porto. Porém, no edital colocado pelo governo do estado existe um detalhe que pode prejudicar a economia da Bahia.
Segundo o documento que vai nortear a construção da Ponte o equipamento terá uma redução de 40 metros de altura. A medida vai atrapalhar a circulação de navios em baixo da Ponte. O que vai prejudicar a economia da Bahia. Em contato com o Portal Bahia Econômica, o advogado, Zilan da Costa e Silva, especialista em direito marítimo, afirmou que o modelo proposto pelo governo será muito ruim para a economia da Bahia.
“ Uma ponte com uma redução de 40 metros pode inviabilizar a circulação de navios na Bahia de todos os Santos. Salvador tem uma localização geografia muito boa. A tendência no futuro é que ela se torne um grande Hub para o Brasil. Onde os navios de grande porte vão chegar do mundo todo e as mercadorias vão ser distribuídas por cabotagem pelo resto da costa brasileira. Porém com a Ponte nesse formato nenhum navio vai conseguir passar e os Portos de Salvador, além da enseada do Paraguaçu e do Estaleiro vão ser gravemente atingidos”, explicou Zilan.
O advogado ainda defende a construção do modal como alternativa para a Bahia. “A ponte é um modal muito bom para o estado. Hoje se você quiser sair de Salvador você só tem duas alternativas. Ou a BR 324, ou a Linha Verde. A Ponte seria mais uma alternativa para o desenvolvimento da capital. Eu sou muito favorável a questão da Ponte, porém precisamos pensar na economia como um todo”, explicou o advogado.