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CHATS VIOLENTOS ERAM FREQUENTADOS POR ATIRADORES DE SUZANO

Redação - 15/03/2019 09:32 - Atualizado 15/03/2019

O aluno de 17 anos que feriu um colega a faca dentro no Ciep Brizolão 165 Brigadeiro Sergio Carvalho, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, nesta quinta-feira, frequentava os mesmos chats na internet que os atiradores de Suzano (SP). A informação é do delegado da 35ª DP (Campo Grande), onde o caso está sendo registrado.

– Ele disse que queria se matar e levar alguém junto – contou Luís Mauricio Armond Campos, titular da 35ª DP (Campo Grande), que não confirmou se o crime desta quinta-feira tem relação direta com o que aconteceu em Suzano: – A família alegou que ele tem distúrbios e foi buscar os laudos.

Ainda segundo Campos, o agressor negou que a chacina que comoveu o país nesta quinta-feira o tenha influenciado: – A ideia de levar alguém junto era porque ele não tem coragem de se matar, mas, atacando alguém, ficaria encurralado numa situação limite e iria acabar se matando.

De acordo com a PM, o agressor esfaqueou um outro aluno de 15 anos em uma briga no pátio do colégio, por volta das 14h. A informação chegou pelo WhatsApp do EXTRA. O aluno que cometeu a agressão deve ser apreendido, e o caso seguirá para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

O adolescente de 15 anos foi socorrido e levado para o Hospital Rocha Faria, também em Campo Grande. No momento do ataque, ele se defendeu com o braço, onde sofreu um corte profundo. Há também um outro pequeno ferimento na barriga. O rapaz está no IML do bairro para fazer um exame de corpo de delito. Menino atacado foi acompanhado pelo secretário de Educação Pedro Fernandes na delegacia Menino atacado foi acompanhado pelo secretário de Educação Pedro Fernandes na delegacia Foto: Marcelo Theobald

O Ciep Brigadeiro Sergio Carvalho, assim como o restante da rede, sofre com a falta de profissionais de apoio, como porteiro. Os serventes acumulam a função, abrindo e fechando o portão no momento da entrada e saída dos alunos. Na maior parte do tempo, o portão da escola fica trancado. Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver o momento em que uma viatura da Polícia Militar chega ao colégio. Um carro dos bombeiros e uma ambulância entram no pátio logo em seguida. No áudio, a pessoa que grava as imagens relata que um dos alunos portava uma faca.

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