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PAIS DESAPROVAM MUDANÇAS NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DO RIO DE JANEIRO

Redação - 12/03/2019 07:00 - Atualizado 12/03/2019

As aulas nas escolas da rede municipal do Rio de Janeiro iniciaram com polêmica em 2019. De acordo com as mães, diversas mudanças estão prejudicando não só as crianças, mas também a rotina dos pais. “Como vou trabalhar se minha carga horária é superior e ainda tem o deslocamento, que nem tem margem nenhuma para isso? Um absurdo”, reclama uma mãe pelas redes socias, que tem dois filhos na creche Carmen Miranda, na Barra da Tijuca. Segundo ela, o horário, que era das 7h30 às 16h30 passou a ser das 8h às 16h, ou seja, uma hora a menos.

Na escola da Maria, 10 anos, também teve redução, mas de meia hora. “Antes ela entrava às 7h e agora entra às 7h30. Também não tem mais recreio. Além disso, se a criança quiser comer na escola tem que ficar até depois das 11h30. Minha filha não come na escola, mas questionou, pois tem amigos que comem e precisam desta comida. Só que quando bate o sinal, por mais que estejam com fome, vão querer ir embora, pois estudaram direto, sem intervalo. Isso é desumano. Maria achou péssimo”, conta a mãe Debora Ambrósia, 31.

“Combinamos que esse ano ela vai estudar aqui, se preparar para fazer prova e tentar um colégio melhor o ano que vem. Infelizmente, não dá para depender da escola pública. Acho um descaso total”, completa Debora. Alguns pais foram mais longe e estão usando esse descontentamento para reverter as mudanças. Eles criaram uma petição online e estão reunindo assinaturas.

“A comunidade escolar do município do Rio de Janeiro foi surpreendida com a publicação da Resolução 113 pela Secretaria Municipal de Educação, em 17 de janeiro de 2019, no Diário Oficial. Reduzir em uma hora o período escolar, prejudicará a vida da maioria das famílias atendidas. Exigirá grandes mudanças nas rotinas das crianças e de seus responsáveis, impactando negativamente nas relações de trabalho, no orçamento familiar – por nos obrigar a recorrer a transportes mais velozes e/ou conduções escolares ou terceiros para nos auxiliar, e na qualidade de vida”, escreveu a mãe Luciana do Nascimento, na página.

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