Professores da rede municipal de Feira de Santana entram em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (11). Os docentes decidiram pela paralisação em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (7). Segundo a presidente do sindicato dos docentes local [APLB-Feira], Marlede Oliveira, desde novembro não há diálogo com o prefeito Colbert Martins Filho sobre as reivindicações.
“Primeiro, enviamos um ofício. Depois, tivemos com o prefeito no dia 27 de novembro. Ele pediu 15 dias para responder. Só que a gente vai lá na prefeitura e não tem resposta. Por isso não tivemos outra alternativa senão decretar a greve para buscar essa audiência com ele”, disse ao Bahia Notícias. Na pauta, os professores cobram reformulação do plano de carreiras. “Para se ter ideia, esse plano ainda em vigor é de 1992 quando o pai do atual prefeito [Colbert Martins] era quem estava na prefeitura”, acrescenta Oliveira.
Além da atualização do Plano de Carreira Unificado, o sindicato cobra aumento de 4,17% do piso salarial de 2019, reajuste da Função Gratificada [atualmente, os diretores recebem R$ 146 pela função] e reabertura das negociações sobre precatórios, autorização para pagamento de dívidas judiciais, do Fundef [fundo de educação que vigorou até 2006 e virou Fundeb]. Os docentes também pedem o restabelecimento do convênio com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) para a formação profissional, o Profuncionário.
Como parte das atividades, os professores da rede municipal fazem na manhã desta sexta-feira (8) uma passeata em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. A concentração ocorre a partir das 8h na Praça do Nordestino.