Em um mercado cada vez mais complexo, competitivo e em desenvolvimento, neste ano a retenção de talentos será o diferencial no mercado de trabalho brasileiro. Apesar disso, 51% das empresas ainda não empregam uma política de retenção de talentos, segundo a Análise de Tendências & Salários do Brasil 2019. Nas empresas em que há políticas de retenção de talentos, o bônus anual é a principal estratégia adotada, com 60%. Na sequência, a mentoria (56%) e, em terceiro lugar, as gratificações pelo alto desempenho (47%).
A oitava edição do estudo, publicado pela Hays, líder mundial em recrutamento, sobre o mercado de trabalho no país foi realizada entre os meses de outubro e novembro de 2018, e reuniu a opinião de 2.600 profissionais e mais de 400 empresas de todos os portes e dos principais setores produtivos brasileiros. “Neste mercado em desenvolvimento, com habilidades em evolução e requisitos comportamentais, a retenção de talentos será um foco importante”, comenta Jonathan Sampson, diretor-geral da Hays Brasil & LATAM.
“As empresas estão dando ênfase aos bônus anuais e aos benefícios não salariais, incluindo mentoring para engajar os colaboradores e evitar perdê-los”, destaca o executivo. Por outro lado, as companhias que não possuem a política gostariam de adotar as bonificações por desempenho (37%), mentoria (35%) e depois, pacote de benefício diferenciado (26%).
O levantamento também identifica a oferta de benefícios. Em comparação ao ano de 2017, houve um aumento de 12% em relação às empresas que disponibilizam a opção de home office ou trabalho a distância e de 13% que oferecem flexibilidade de horário para os funcionários, considerado o terceiro benefício mais valorizado pelos profissionais, atrás apenas de plano de saúde (91%) e Vale-Alimentação/Vale-Refeição (73%). “Há um grande descompasso no horizonte para as empresas brasileiras, a menos que ajamos e proativamente adaptemos nossa Employee Value Proposition para refletir o “novo” mercado que esperamos ver”, aponta Sampson.