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TIKTOK REFORÇA SEGURANÇA APÓS PERMITIR CONTEÚDO IMPRÓPRIO

Redação - 07/03/2019 13:09

O aplicativo TikTok foi multado em US$ 5,7 milhões (cerca de R$ 21 milhões, em conversão direta), na última semana, por expor conteúdos sensíveis para crianças, como pedofilia e sexo. A decisão é da agência norte-americana de proteção ao consumidor Federal Trade Commission (FTC). Acusações apontam que a ferramenta é usada por redes de pedófilos para entrar em contato com crianças, e escolas americanas já emitiram alertas sobre os perigos do aplicativo. O serviço de dublagens de vídeo para Android e iPhone (iOS) estava em destaque nos últimos meses por bater a marca de um bilhão de instalações pelas lojas oficiais de apps Google Play e App Store.

O alcance da plataforma deixou para trás serviços como Facebook e Instagram nos Estados Unidos. Por meio de um comunicado, o TikTok se comprometeu a oferecer um sistema de segurança mais assertivo – com ferramentas específicas para a identificação desse tipo de situação, além de restrições de compartilhamento. Apesar da restrição de uso para maiores de 13 anos, o app não pede nenhuma comprovação de idade. A situação foi agravada com o lançamento do streaming, que permite o contato em tempo real entre as crianças e os adultos mal-intencionados.

Posicionamento do TikTok

Em nota oficial, o TikTok afirmou que sua prioridade é criar uma experiência segura para todos os usuários e, por isso, está tomando medidas para proteger a comunidade. Isso incluirá ferramentas para os responsáveis protegerem seus filhos e novas configurações de segurança. O aplicativo também informou que, em parceria com a FTC, trabalha em um ambiente para seus consumidores mais jovens, com segurança extra e proteções especiais. Entre as novidades estão a proibição no compartilhamento de informações pessoais e limitações de interação entre os usuários.

O software também desenvolveu uma série de vídeos chamada “You’re in Control” (“Você está no controle”). Com o uso de memes e ferramentas de edição já popularizadas dentro do aplicativo, os usuários serão informados sobre configurações de privacidade e políticas de segurança. Assuntos relacionados à proteção de informações, como barrar comentários e configurar sua tela são abordados de maneira engraçada e simples, em busca de atender às necessidades dos consumidores de menor faixa etária.

Outros apps polêmicos

O TikTok não é a única plataforma a ser envolvida em polêmicas com usuários menores de idade. O aplicativo Yubo gerou debates por oferecer um sistema parecido com o Tinder, porém com permissão para que crianças e adolescentes pudessem usar. O software seria uma plataforma propícia para a pedofilia, por causa do impedimento de identificação dos usuários.

No início de 2018, o Sarahah, app de mensagens que ganhou muita popularidade em 2017, foi retirado da App Store, loja de aplicativos para celulares da Apple, após ser acusado de servir para a prática de cyberbullying. Outro exemplo polêmico é o SimSimi, que simula conversas em um aplicativo de bate-papo por meio de inteligência artificial. O serviço levantou suspeitas de enviar mensagens impróprias de conteúdo sexual, bullying e até mesmo ameaças de morte. Por usar um personagem amarelo semelhante a um emoji, a plataforma era muito utilizada por crianças e adolescentes.

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