Dos nove grupos de produtos e serviços que formam o IPCA-15, seis tiveram altas em fevereiro, na Região Metropolitana de Salvador. Além de terem tido o maior aumento médio, os gastos com Educação (4,61%) também foram os que mais puxaram para cima a prévia da inflação do mês, com fortes influências das altas nas mensalidades do ensino fundamental (8,68%) e do ensino superior (4,16%). Fevereiro é o mês em que o IBGE capta a maior parte dos aumentos nas mensalidades escolares, que, por isso, costumam ter forte impacto no IPCA-15 e no IPCA do mês.
Além deles, os gastos com Habitação (0,21%) também foram importantes, em decorrência, sobretudo, da variação da energia elétrica (1,00%). Por outro lado, após fecharem o ano de 2018 em alta e de terem sido as principais pressões inflacionárias em janeiro, Alimentação e Bebidas (-0,31%) e Transportes (-0,68%) tiveram deflação no IPCA-15 de fevereiro e deram importantes contribuições no sentido de conter o índice do mês.
Dentre os alimentos, destacam-se as retrações em produtos como tomate (-20,15%), farinha de mandioca (-10,75%), leite longa vida (-5,96%) e em pó (-2,99%). Apesar do resultado negativo do grupo como um todo, itens alimentícios importantes, e que já haviam aumentado significativamente em janeiro, se mantiveram em alta, como o feijão carioca (18,61%) e a banana prata (9,23%). Já dos gastos com transportes, os combustíveis tiveram queda importante (-1,79%) com influências da gasolina (-2,06%), item que individualmente mais contribuiu para segurar a prévia da inflação de fevereiro na RMS, e do etanol (-2,23%). As passagens aéreas também tiveram recuo significativo no mês (-14,73%).