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GENERAL IRÁ SUBSTITUIR BEBIANNO; BOLSONARO DIZ QUE HOUVE “INCOMPREENSÕES E QUESTÕES MAL ENTENDIDAS”

Redação - 18/02/2019 19:39 - Atualizado 18/02/2019

O agora ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, foi exonerado agora há pouco do governo Bolsonaro. O anúncio foi feito por um porta-voz do Governo, Otávio Rêgo Barros, que atribuiu o motivo da demissão a uma questão de “foro íntimo” do presidente Jair Bolsonaro. Fora do governo, Bebianno será substituído pelo general Floriano Peixoto, que passa a ser o oitavo militar no alto escalão do governo Bolsonaro.

Um vídeo do presidente foi publicado logo após o anúncio da demissão, no qual o chefe do executivo nacional atribui a decisão a “questões mal entendidas” entre ele e o ex-ministro. “Avalio que pode ter havido incompreensões e questões mal entendidas de parte a parte, não sendo adequado pré-julgamento de qualquer natureza. Tenho que reconhecer a dedicação e comprometimento do senhor Gustavo Bebianno a frente da coordenação da campanha eleitoral em 2018. Seu trabalho foi importante para o nosso êxito”, afirmou o presidente no vídeo.

Oficialmente fora do governo, Bebianno já definiu que pretende voltar a advogar no primeiro momento. Entretanto, ele avalia seguir carreira política. O empresário Paulo Marinho , um dos principais aliados de Bebianno, afirmou que ele pode até mesmo entrar na disputa eleitoral no Rio em 2020, mas nega que ele fará uma oposição ao governo, do qual trabalhou para eleger.

“Ele (Bebianno) vai ter que voltar às origens conforme o capitão falou. E vai cuidar da vida dele e vai voltar a advogar. Porém, ele pretende permancer na política, vai buscar um espaço na política para militar — disse Marinho, que é suplente do senador Flávio Bolsonaro, primogênito do presidente”, disse Marinho.

Crise – Primeiro ministro a deixar o governo, Bebianno despachava do Palácio do Planalto e foi um dos coordenadores da campanha presidencial de Jair Bolsonaro no ano passado. A demissão do ministro foi confirmada em meio a uma crise no governo que se originou com a suspeita de que o PSL, partido ao qual Bolsonaro e Bebianno são filiados, usou candidatura “laranja” nas eleições do ano passado.

Bebianno X Carlos Bolsonaro – A crise também envolve Gustavo Bebianno e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), um dos filhos do presidente da República. Há pouco mais de uma semana, o jornal “Folha de S.Paulo” informou que, quando Bebianno presidia o PSL, o partido, repassou R$ 400 mil a uma candidata a deputada federal de Pernambuco. Segundo o jornal, o repasse foi feito quatro dias antes das eleições, e ela recebeu 274 votos.

Bebianno nega irregularidades, e que fosse o pivô de uma crise dentro do governo e acrescentou que, somente naquele dia, havia falado com o presidente por três vezes. Na ocasião, Bolsonaro ainda estava internado em razão de uma cirurgia. Após a publicação da entrevista, um dos filhos de Bolsonaro, Carlos, usou uma rede social para dizer que Bebianno mentiu ao dizer que havia falado com o presidente. Carlos, e depois o próprio Bolsonaro, chegaram a divulgar um áudio no qual, segundo eles, o presidente diz a Bebianno que não podia falar com o então ministro.

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