O Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) registrou, no último ano, um aumento de 43% no volume de colangiopancreatografias retrógradas endoscópicas realizadas. Mais conhecido pela sigla CPRE, o exame endoscópico é indicado para a detecção e tratamento das doenças do sistema digestivo. No ano de 2018, o HGRS passou, também, a ofertar mais vagas para a Central Estadual de Regulação (CER). Em 2017, eram 61 exames. Já no ano passado, foram realizados 161, correspondendo a um incremento de 164%. Hoje, um quarto das CPREs realizadas no Serviço de Endoscopia Digestiva e Centro de Hemorragia Digestiva (SED-CHD-HGRS) são para pacientes regulados.
Na avaliação do diretor-geral do HGRS, o anestesiologista José Admirço Lima Filho, o resultado é consequência de muito investimento. “Por ser um procedimento de alta complexidade, a CPRE foi uma das coisas em que mais investimos, tanto em equipamentos como em treinamentos para a equipe médica. Antes, só conseguíamos executar CPRE em três ou quatro turnos e, hoje, a gente realiza em, praticamente, seis dias por semana. Temos atendido não só pacientes internados no hospital, mas, também, pacientes de toda a rede de saúde”, destaca.
Para o gestor, por se tratar do maior hospital público do Norte e Nordeste, o HGRS precisa estar sempre preparado para oferecer o procedimento de maneira qualificada ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS). “A CPRE tem o intuito de fazer o diagnóstico das vias biliares e, em alguns casos, fazer o tratamento, como quando há obstrução de cálculos. No início, nós não sabíamos precisar a necessidade desse exame, mas, a cada dia que passa, temos percebido que é alto o número de pessoas com indicação para tal. O Hospital Roberto Santos tem o perfil de atendimento de pacientes com doenças das vias biliares e do fígado. Por isso, temos buscado melhorias na logística de fornecimento de materiais para o procedimento, que são materiais muito específicos. A tendência é continuar avançando na produtividade”, afirma Admirço.
CPRE
A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica utiliza, simultaneamente, a endoscopia digestiva e a imagem fluoroscópica. A técnica, então, tem a vantagem de permitir, numa mesma sessão, detectar e tratar anomalias da árvore biliar e/ou do canal pancreático principal. Na maioria dos casos, os pacientes indicados para CPRE já foram submetidos a outros exames de imagem menos invasivos.