A Malásia se tornou um dos maiores importadores de plástico do mundo, recebendo o lixo que o resto do mundo não quer. Mas uma pequena cidade está pagando o preço por isso – e agora está sufocada por 17 mil toneladas de resíduos. Começou no verão passado. Todas as noites, após o relógio dar meia-noite, Daniel Tay sabia exatamente o que estava por vir. Ele fechava as portas e as janelas e aguardava o inevitável. Logo seu quarto seria tomado por um cheiro acre, que lembra borracha queimada. Ao tossir, seus pulmões eram pressionados. Nos meses seguintes, o odor estranho voltaria todas as noites, com hora marcada. Só mais tarde ele descobriu a origem do cheiro – usinas de reciclagem ilegais que queimavam plástico clandestinamente.