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NA 1ª REUNIÃO DO GOVERNO BOLSONARO, COPOM DEVE MANTER DE NOVO JURO BÁSICO EM 6,5% AO ANO

Redação - 06/02/2019 07:00 - Atualizado 06/02/2019

Na primeira reunião do governo Bolsonaro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve manter, nesta quarta-feira (6), os juros básicos da economia estáveis em 6,5% ao ano. Essa é a expectativa do mercado financeiro. Se a previsão do mercado se confirmar, esta será a sétima manutenção seguida da taxa, que está no menor nível desde 1986 – quando começa a série histórica do Banco Central. A decisão do Copom será anunciada após as 18h.

Essa deverá ser a última reunião do Copom comandada pelo atual presidente da instituição, Ilan Goldfajn, levado ao cargo pelo ex-presidente Michel Temer. Ele deixará o comando do BC após a sabatina, e aprovação pelo Senado (se ocorrer), do nome de Roberto Campos Neto, indicado pelo novo chefe de governo, Jair Bolsonaro, para chefiar a instituição.

“Goldfajn entregará o bastão em meio a expectativas de inflação bem estabilizadas, facilitando as condições financeiras, e os mercados começam a atribuir alguma probabilidade a cortes residuais este ano (..) Em nossa opinião , um presidente de saída tem pouco incentivo para mudar a postura da política monetária em um movimento surpreendente”, avaliou recentemente o Santander, em comunicado.

A definição da taxa de juros pelo BC tem como foco o cumprimento da meta de inflação, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2019, a meta central de inflação é de 4,25% e, para 2020, de 4%. Com intervalo de tolerância, a inflação pode ficar entre 2,75% a 5,75% neste ano sem que a meta seja descumprida e, entre 2,5% e 5,5% no ano que vem. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas, o BC pode reduzir os juros; quando estão acima da trajetória esperada, a taxa Selic tende a ser elevada.

Após somar 2,95% em 2017 e ficar abaixo do piso de 3% do sistema de metas, a inflação acelerou um pouco no ano passado, para 3,75%. Ainda assim, ficou bem abaixo da meta central de 4,5% fixada pelo governo para 2018. Nas últimas semanas, o mercado financeiro vem reduzindo sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Mercado (IPCA) de 2019. Na semana passada, a previsão ficou em 3,94%, pela primeira vez abaixo de 4% – abaixo também da meta central de 4,25%.

Com isso, o mercado financeiro também deixou de prever aumento da taxa básica de juros, a Selic, neste ano. Até então, o mercado acreditava que o juro poderia subir para 7% ao ano no fim de 2019, mas agora já vê manutenção da Selic no atual patamar de 6,5% ao ano no restante deste ano.

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