Os robôs roubaram a cena em 2018, seja por suas funcionalidades exóticas ou pela similaridade cada vez maior com os seres humanos. Um dos destaques do ano que passou foram os sexbots. Esses robôs criados para fazer sexo chamam atenção por serem capazes de estabelecer conversas com seus donos e até mesmo simular o clímax. Em 2018, também acompanhamos o retorno do cão Aibo, da Sony, que pode memorizar rostos de até cem pessoas, e vimos a primeira humanoide a dar aula em uma universidade. Para relembrar os principais destaques, o TechTudo preparou uma retrospectiva com os robôs mais curiosos do ano que terminou.
Apresentada durante a CES 2018, o robô sexual Solana surpreendeu não só pelo visual extremamente realista, mas também pela capacidade de dialogar com as pessoas. Sucessora da robô Harmony, a boneca é uma criação da Abyss Creations. Ela traz sob a pele de silicone – que se aproxima da textura da pele humana – uma série de imãs, que permitem trocar facilmente seu rosto, em caso de danos ou de somente querer dar uma nova cara à parceira. Equipada com inteligência artificial, Solana é capaz de sentir o toque do usuário e reagir, tem autolubrificação, aquecimento interno e a possibilidade de simular um orgasmo.
A personagem erótica pode ainda ter conversas curtas com seu interlocutor de forma autônoma. Entretanto, através de um app para smartphones, é possível controlar os movimentos da cabeça, as expressões e programar o que ela diz. Apesar de, há cerca de um ano, Matt McMullen, CEO da empresa, ter dito que estava programando a data de lançamento, Solana ainda se encontra em status de pré-venda no site oficial. O valor deve variar entre US$ 8 mil (aproximadamente R$ 30.400) e US$ 10 mil (cerca de R$ 38.000).
Outro robô sexual que chamou a atenção em 2018 foi a Roxxxy. Desenvolvida pela empresa True Companion, a sexbot é capaz de simular sinais vitais, como batimentos cardíacos, e tem sensores posicionados estrategicamente que são ativados quando a boneca é tocada. Para trazer ainda mais realismo, a humanoide oferece cinco personalidades, com características sexuais distintas.
Assim como Solana e Harmony, o dono da Roxxxy pode personalizá-la, atribuindo corte e cor de cabelo, bem como os olhos, tom de pele, maquiagem e estilo das unhas, por exemplo. A personagem é capaz de estabelecer conversas simples com seu proprietário e, graças à sua conectividade com a Internet pode ser programada para enviar e-mails para ele, a fim de suprir momentos de carência e solidão. O preço inicial é de US$ 9.995 (cerca de R$ 38.000).
Primeiro robô a receber a cidadania de um país, a saudita Sophia é capaz de reproduzir 62 expressões faciais humanas. Equipada com software de inteligência artificial desenvolvido pela SingularityNET e tecnologia de reconhecimento de voz da Alphabet Inc., ela consegue aprender e se adaptar ao comportamento das pessoas. Além disso, pode responder a certas perguntas e ter conversas simples sobre temas pré-estabelecidos. Popular na mídia, a robô já participou de programas de entrevistas, filmes, clipes e campanhas publicitárias. Em uma delas, inclusive, fala português lusitano ao lado do jogador de futebol Cristiano Ronaldo.
Apesar do sucesso, a criatura não é uma unanimidade. Em janeiro de 2018, o diretor de pesquisas para inteligência artificial do Facebook, Yann LeCun, fez um desabafo no Twitter criticando Sophia. Ele a acusa de ser uma enganação por ser erroneamente considerada uma quase humana, o que faz com que muitos acreditem que ela tenha a complexidade de uma Inteligência Artificial Forte. De acordo com o executivo, na realidade, ela estaria mais próxima de um “chatbot” com movimentos faciais avançados.
Os robôs aspiradores já são uma realidade há alguns anos, mas, ao longo do tempo vêm se tornando mais acessíveis e inteligentes. Além disso, os modelos mais recentes trazem funções que vão além de somente coletar o pó e a sujeira espalhada pela casa. É o caso do Ropo Glass, que está disponível por R$ 1.400 e é capaz de varrer, aspirar, passar pano e esterilizar o chão de casa. Equipado com sensores, o dispositivo não esbarra em paredes ou objetos no meio do caminho.
Já o Braava Jet, além de remover a poeira, possui um jato d’água para tirar manchas e outras sujeiras difíceis do chão. Equipado com Bluetooth, pode ser controlado pelo celular através do app iRobot Home, disponível para celulares Android e iPhone (iOS). Por meio do aplicativo, o usuário consegue criar uma parede virtual, que permite delimitar a área que será limpa com uma espécie de uma barreira invisível. O aparelho também tem preço sugerido de R$ 1.400.
Anunciado em 2018 como o “simulador pediátrico mais avançado do mundo”, o robô se passa por uma criança com uma série de problemas de saúde. Criado para parecer com um infante de cinco anos, o Pediatric Hal consegue responder a perguntas, chorar, seguir os dedos com os olhos, fazer xixi, reclamar por causa de uma injeção e simular sintomas de diferentes doenças. O objetivo é que ele seja usado por estudantes e profissionais de medicina para aprenderem a lidar com pacientes em fase infantil.
Em janeiro do ano passado, a Sony apresentou a nova versão do cão-robô Aibo, um modelo lançado em 1998 e descontinuado em 2006. A geração atual do animalzinho é equipada com inteligência artificial, capaz reconhecer até 100 rostos e desenvolver uma familiaridade com as pessoas ao longo do tempo, lembrando quais ações agradam os proprietários. Para isso, o robô utiliza o sistema de armazenamento na nuvem AI Cloud Plan, que também funciona para receber atualizações de software e novas funcionalidades.
O robô-pet conta com 22 pontos de articulação e bateria que dura somente duas horas – e leva outras três para recarregar. Seus olhos são constituídos de painéis OLED e permitem que o cãozinho simule uma série de expressões. Os donos também podem se conectar ao “filhote” por meio do aplicativo My Aibo e ensiná-los novos truques. A pré-venda do cãozinho nos Estados Unidos começou em agosto e o valor não é muito amigável: US$ 2.899,99 (cerca de R$ 11.050, em conversão direta, sem impostos).
Desenvolvido para pessoas alérgicas que sempre quiseram a companhia de um gato, o Qoobo, à primeira vista, mais parece um felino acima do peso sem patas ou cabeça. A grande almofada peluda, entretanto, consegue sentir o toque de seu dono e reagir a ele, abanando o rabo em diferentes níveis de intensidade. A fabricante promete, inclusive, efeitos terapêuticos.
Outro robô que foi destaque em 2018 foi a Bina48, primeiro humanoide a dar aulas em uma universidade. A robô ajudou a ministrar duas aulas de Ética e Filosofia ao lado do professor William Barry e seu assistente major Scott Parsons, na Academia Militar de West Point. O objetivo era determinar se uma inteligência artificial poderia compreender conceitos complexos e explicá-los de maneira clara para os estudantes. Segundo o educador, o resultado foi positivo, uma vez que ela conseguiu tirar dúvidas dos alunos em respostas cheias de nuances.
Pazzi significa “loucos” em italiano e pode traduzir um pouco esse projeto de robô de três braços capaz de fazer pizzas. Desenvolvido pela startup francesa Ekim, o equipamento consegue fazer uma pizza a cada quatro minutos e 30 segundos. A ideia de seus criadores foi de criar um restaurante 100% autossuficiente, equipado com robôs de cozinha. Sendo assim, os clientes poderiam personalizar o prato através de uma tela de solicitação, que resultaria em até 500 combinações diferentes de sabores.
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