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DANÇA NA TERCEIRA IDADE AJUDA NO COMBATE A DEPRESSÃO

Redação - 24/01/2019 13:04

Segundo pesquisas realizadas pela Organização Mundial de Saúde, a terceira idade chega a partir dos 65 anos e traz consigo algumas limitações que podem colocar em risco a qualidade de vida dos idosos. Doenças como hipertensão, obesidade e osteoporose, entre outras, são bastantes conhecidas por atingir esse grupo de forma direta. Alguns dados revelam que a grande maioria, a partir de tal idade, tende a dar início a acompanhamentos e uso de remédios contínuos.

Outro caso clínico em estado de alerta é a depressão. A partir da terceira idade, o estímulo ao convívio social tende a ser um grande aliado para tirar do idoso o sentimento de solidão e invalidez. A psicologia afirma que essa sensação de abandono é natural, uma vez que o paciente começa a passar mais tempo em casa e não mantém sua rotina atribulada como nos tempos mais jovens.

Atendendo a essas necessidades, a dança surge como um forte estímulo físico e emocional. Segundo um estudo realizado pelo Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, a atividade realizada de forma regular é uma das melhores formas para prevenir o Alzheimer e a perde de memória, além de ajuda-los a manter um melhor condicionamento físico e qualidade de vida.

Instrutor na rede de academias SELFIT, Jones Santos explica que a prática do exercício possibilita a integração entre seus alunos, de modo que possam formar novos laços fraternos, gerando um ciclo de independência e autonomia em suas vidas. “A dança, como toda atividade física, proporciona a liberação de hormônios que contribuem com a sensação de prazer, as dopaminas. Além disso, por se tratar de um exercício coletivo, proporciona a troca de experiências dentro do grupo, construindo afinidades e estreitando o relacionamento interpessoal. Essa sensação de pertencimento a um grupo é fantástico para os idosos”, afirma.

Além de ser utilizada como uma espécie de terapia e socialização, ele relembra que, quando realizada de modo correto e devidamente acompanhada, a dança contribui diretamente na melhora do equilíbrio global, resistência física e velocidade da caminhada, diminuindo riscos de quedas comum nesta faixa etária. “Pessoas de qualquer idade, gênero, nível de condicionamento físico, podem fazer. Diferente do que se pensa, não precisa saber dançar para participar de aulas de dança. A ideia é justamente se desafiar a fazer algo novo! Isso estimula não só o corpo, mas também o cérebro! Cada pessoa tem seu ritmo de aprendizagem.”

Quanto a frequência em que deve ser realizada, o instrutor conta que é indicada a realização de duas vezes por semana. Segundo a OMS, a recomendação mínima para se ter os benefícios da atividade física para a saúde é de 150 minutos de atividade moderada por semana, ou 75 minutos de atividade vigorosa. “A melhor alternativa é inserir atividade física na sua rotina diária. Pensar nela como uma poupança para a saúde”, pontua.

Por fim, ressalta que, a prática não contém limitações ou contraindicações, mas é necessário um parecer médico indicando sua aptidão antes de inicia-la. “No caso dos idosos, a visita regular ao cardiologista, e sua liberação para a atividade física, é indispensável. Se houver alguma morbidade que venha a comprometer a prática, essa deve ser relatada ao professor, que deverá entrar em contato com o médico/fisioterapeuta do aluno. Esse trabalho multiprofissional é o ideal para públicos com necessidades mais especiais (idosos, pós cirurgiados, etc)”.

Com duração média de 45 minutos entre preparação, aquecimento atividade principal e desaceleração, as aulas das unidades SELFIT contam com diversas turmas e ritmos. Zumba, salsa e até mesmo o maracatu, fazem a alegria e animação dos alunos, que não escondem a satisfação para com seus professores.

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