A China está disposta motivar suas empresas a participar dos programas de privatizações e de parcerias de investimentos que venham a ser propostas pelo governo brasileiro, disse o embaixador chinês no Brasil Yang Wanming. “Pelo trabalho conjunto, acredito que o nosso relacionamento com o novo governo brasileiro, do presidente Jair Bolsonaro, vai beneficiar o desenvolvimento dos dois povos”, disse o embaixador chinês.
Uma das obras que podem está na pauta das privatizações é a Ferrovia Oeste Leste. O governo de Bolsonaro já anunciou sua concessão antes do inicio de 2020, junto com mais três ferrovias espalhadas pelo Brasil. A FIOL é uma obra fundamental para o crescimento do setor de exportações e agrario na Bahia e no Brail, visto que diminuiria o chamado custo de produção de muitos produtores do oeste da Bahia.
O embaixador visitou nesta terça-feira o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes. “Damos muita importância à cooperação com o Brasil. Temos pressa de fazer a cooperação em todas as áreas. Nas áreas de científica e tecnológica, e na área de defesa, e os intercâmbios na área de defesa, têm obtido um desenvolvimento fluido e saudável, atendendo aos interesses comuns dos dois países”, disse.
Wanming disse que, durante o encontro, Pontes propôs que os dois países realizem cooperação em ciência e tecnologia para utilização civil e militar. O embaixador acrescentou que a parte brasileira ainda não colocou na mesa os projetos específicos para a futura cooperação. “Temos pressa em ver e discutir as propostas que venham a ser feitas pela parte brasileira”, disse.
O embaixador chinês, que na semana passada visitou o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que, no que se refere ao desenvolvimento econômico, o interesse da China é “fortalecer a cooperação econômica, comercial, de investimentos em infraestrutura e até de cooperação financeira”. De acordo com o embaixador Yang Wanming, os campos de cooperação são amplos, como, por exemplo, as áreas digital, de novas energias, de biotecnologia, espacial, de mudanças climáticas e de novos materiais. “A China e o Brasil são grandes economias do mundo. Temos responsabilidade de promover a economia mundial. Não só o desenvolvimento conjunto dos dois países, mas pode contribuir para a prosperidade mundial”, disse Wanming.