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VIROSES DE VERÃO: COMO PREVENIR?

Redação - 15/01/2019 13:04 - Atualizado 15/01/2019

Gripe é uma doença grave e sazonal, isto é, acontece em determinadas épocas do ano – quando as temperaturas estão mais baixas, geralmente no outono e no inverno. Enquanto o verão começa aqui, o inverno está chegando nos Estados Unidos. “Lá, eles analisam quais vírus circularam pelo Brasil ao longo do ano e fazem a vacina para combatê-los, pois a cepa predominante é a mesma em todo o mundo”, explica o pediatra Tadeu Fernando Fernandes, do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SP-SP).

Por isso, quem tomou a vacina contra a gripe neste ano e pretende viajar para o exterior, pode ficar tranquilo. No entanto, para quem fica, a gripe dá lugar a outra preocupação: as viroses. “No verão, temos viroses que, assim como o influenza, se manifestam em diversos tipos: enterovirus, abenovirus, rinovírus… Todos são vírus de verão”, diz o pediatra. E como são diversos tipos, os sintomas também variam muito: febre, diarréia, vômito, complicações respiratórias e até conjuntivite.

Para prevenir as viroses, segundo o pediatra, em primeiro lugar, é preciso ter muito cuidado com a água e os alimentos que são oferecidos às crianças. “Quem vai para a praia, deve ter muita cautela com a comida, como queijos mal acondicionados. O calor deteriora os alimentos com muita facilidade. É preciso estar atento até às raspadinhas que, muitas vezes, não são feitas com água filtrada”, explica. Segundo ele, outra dica é evitar o gelo e o limão nos refrescos: “Até a casca do limão, se não for lavada corretamente, pode transmitir, por exemplo, Hepatite A”. O especialista também faz um alerta importante para quem tem filhos pequenos, principalmente menores de 2 anos. “Nessa idade, os pais precisam se lembrar de oferecer água constantemente às crianças, pois, normalmente elas ainda não pedem”, explica.

Ar condicionado: faz mal?

Nessa época, o calor é tanto que torna-se quase impossível evitar usar o ar-condicionado. No entanto, o pediatra pede cautela. “O ar condicionado transforma um ar quente e meio úmido em um ar frio e seco. Isso, para quem tem problemas respiratórios, não é bom. Além de tudo, existe o problema do choque térmico. Sair de um local muito frio e ir para um quente, também prejudica a saúde”, destaca.

Quanto à temperatura do aparelho, o médico disse que é difícil fazer uma recomendação específica. “É preciso ter bom senso. Outra dica importante é não usar esse recurso à noite. Durante o dia, a criança pode reclamar de frio, mas à noite, dormindo, não”, diz. Por isso, nesse caso, é preferível usar um ventilador — direcionado para o lado oposto ao da criança — para refrescar o ambiente e vestí-la com roupas fresquinhas.

Em relação aos recém-nascidos, a orientação é a mesma: “a partir de um mês de vida, eles já têm um controle térmico igual ao nosso, ou seja, se você está sentindo calor, ele também estará. Portanto, se você está de camiseta e short, não faz sentido colocar um macacão de manga comprida na criança”, conclui.

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